Ataque com explosivos deixa sete mortos na capital da Indonésia - VEJA VÍDEO

Um ataque com explosivos contra um centro comercial deixou mortos nesta quinta-feira (14) no centro de Jacarta, capital da Indonésia. O Estado Islâmico reivindicou oficialmente a responsabilidade pelo ataque.

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Ataque com explosivos deixa mortos na capital da Indonésia. Pelo menos sete pessoas morreram em série de ataques.
Estado Islâmico reivindicou autoria.

Um ataque com explosivos contra um centro comercial deixou mortos nesta quinta-feira (14) no centro de Jacarta, capital da Indonésia. O Estado Islâmico reivindicou oficialmente a responsabilidade pelo ataque.

O número de mortos ainda é incerto. Segundo a France Presse, sete pessoas morreram – cinco suspeitos e dois civis, um deles cidadão holandês. A Associated Press também informa sete mortos – quatro suspeitos e três outras pessoas.

Já a Reuters informa que ao menos nove pessoas morreram: três suspeitos, três policiais e três civis. Outros três homens-bomba também estariam envolvidos no ataque.
Mais cedo, a polícia havia informado que pelo menos dois homens-bomba morreram.

Algumas horas depois do atentado, o Estado Islâmico divulgou uma declaração na internet declarando que, durante o atentado, o grupo explodiu várias bombas “ao mesmo tempo em que quatro soldados do califado atacavam com armas leves e cinturões de explosivos”.

Antes disso, uma agência de notícias aliada ao EI e a polícia indonésia já haviam afirmado que eles são os responsáveis pelo ataque. “Há uma forte suspeita de que que (os ataques) são obra de um grupo na Indonésia vinculado com o EI. Pelo que vemos hoje, se trata de um grupo que segue o exemplo dos atentados de Paris”, declarou à AFP o porta-voz da polícia, Anton Charliyan.
O presidente do país, Joko Widodo, chamou de “atos terroristas” os ataques, que tiveram como alvo sobretudo um café da rede Starbucks próximo a várias agências da ONU e embaixadas.

Ele pediu ao país que não se deixe vencer pelo medo. “Não seremos vencidos por estes atos terroristas”, declarou Widodo ao canal Metro TV.

Policiais se protegem atrás de veículos passando ao lado de corpos de vítimas após várias explosões deixarem vítimas no centro de Jacarta, na Indonésia. O G1 borrou digitalmente os corpos das vítimas (Foto: Beawiharta/Reuters)
A polícia indonésia estava em alerta máximo durante as festas de Ano Novo, após o anúncio do plano de atentado suicida em Jacarta.

 

A primeira detonação aconteceu ao meio-dia (horário local) em um posto de polícia, segundo a emissora “DetikTv”.

Após a explosão, teve início um intenso tiroteio que foi seguido por mais explosões.

A ação começou pouco depois das 10h30 (1h30 de Brasília), afirmou Ruli Koestaman, de 32 anos, que estava perto do local.

“Escutei uma forte explosão, como um terremoto, e todos seguimos para a rua”, disse à AFP.

“Vimos que o Starbucks do lado havia sido destruído. Vi um estrangeiro, um ocidental, com a mão mutilada, mas vivo”, completou. “Uma dos funcionários do Starbucks saiu correndo. Ele sangrava pelas orelhas”.

“Todos se reuniram e um terrorista chegou e começou a atirar na nossa direção e contra o Starbucks”, disse Koestaman.

A rede internacional Starbucks anunciou o fechamento “até nova ordem” de todos os cafés em Jacarta.

“Esta unidade e todos os outros Starbucks de Jacarta permanecerão fechados, por precaução, até novo aviso. Acompanhamos de perto a situação”, anunciou o grupo em um comunicado divulgado em sua sede em Seattle, Estados Unidos.

A polícia isolou as ruas próximas do centro comercial Sarinah, onde ocorreu o ataque, no bairro de Jalan Thamrin, que fica próximo ao palácio presidencial e a escritórios da ONU.

As autoridades pediram aos moradores da área que se mantenham em suas casas e se afastem das janelas.
A Indonésia permanece em alerta para possíveis ataques terroristas contra as autoridades locais e lugares frequentados por estrangeiros.

O país tem a maior população muçulmana do mundo, 88% de seus 250 milhões de habitantes, e já foi alvo de vários ataques de islamitas radicais.

O maior deles foi em 2002, na ilha turística de Bali, quando 202 pessoas morreram, em sua maioria turistas australianos.

Em dezembro, a polícia prendeu cinco pessoas suspeitas de integrar uma rede próxima ao Estado Islâmico e outras quatro vinculadas ao grupo extremista Jemaah Islamiyah, responsável por vários atentados na Indonésia.

As forças de segurança apreenderam material para a fabricação de explosivos e uma bandeira inspirada no EI.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil manifestou consternação com o ataque e transmitiu sua solidariedade ao país, às vítimas e a seus familiares. Em nota, informou que o Brasil condena os ataques e reitera seu repúdio ao terrorismo. Nenhum brasileiro ficou ferido no ataque, mas a embaixada local recomenda que moradores e visitantes evitem locais com aglomerações de pessoas e restrinjam seus deslocamentos por vias públicas. Do G1, em São Paulo