Associação de Imprensa emite nota de repúdio a Nilvan Ferreira; leia aqui

"É preciso garantir o mínimo de responsabilidade com a notícia, ter o compromisso com a verdade e não criar factóides"

nilvan ferreiraA cobertura jornalistica acerca da operação da Polícia federal no sertão paraibano na semana passada ainda rende polêmicas no início da nova semana. O radialista Nilvan Ferreira, da Rádio Arapuan, teria feito críticas a imprensa patoense pela ausência de novas notícias acerca do andamento da operação.

Diante disso, a Associação de Imprensa do Sertão Paraibano divulgou nota de repúdio na manhã desta segunda-feira, 07, pelo ato do comunidador.

Leia a nota na íntegra:

A Associação de Imprensa do Sertão Paraibano repudia veementemente as declarações feitas pelo radialista Nilvan Ferreira, em seu programa radiofônico na última sexta-feira, (04), onde teceu críticas e comentários desrespeitosos à imprensa patoense.

Na ocasião, o apresentador se referiu à Operação Desumanidade, desencadeada em Patos, Emas e outras cidades da Paraíba, onde o Ministério Público apura desvio de recursos públicos em obras na área de Saúde e Educação em municípios do Sertão Paraibano.

Após ler a matéria, o jornalista teceu comentários maldosos, se referindo à imprensa patoense como “caldo de bila” e “fraca”, questionando o motivo da mesma não ter noticiado que a Prefeitura Municipal de Patos “amanheceu com a Polícia Federal e Ministério Público na porta”.

A imprensa patoense age de forma ética, diferente de outros que são conhecidos por extorquir empresas e políticos em troca de elogios em seus respectivos espaços.

As apurações da Operação Desumanidade ocorrem sob sigilo, por determinação do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

A AISP entende que atos desta natureza são inaceitáveis, já que para nosso entendimento, especular é sim politizar, pois o referido fato ocorre em segredo de justiça e nenhum dos órgãos envolvidos, a exemplo do Ministério Público Federal, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual da Paraíba (Gaeco) e a Controladoria-Geral da União, CGU, não forneceram nenhum tipo de informação aos profissionais da imprensa.

Dessa forma, o jornalista Nilvan Ferreira agride a categoria, que tem compromisso em defender a democracia por meio da promoção de igualdade.

A AISP lembra ainda que é preciso garantir o mínimo de responsabilidade com a notícia, ter o compromisso com a verdade e não criar factóides, apurando as informações e sempre primar por ouvir os dois lados envolvidos.
Luanja Dantas
Presidente da Associação de Imprensa do Sertão Paraibano