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Após paralisação, empresas de João Pessoa cedem 18 ônibus urbanos para Bayeux

Os ônibus que estão na garagem são do empresário que está reassumindo a gestão e não tem condições de circular

onibus-bayeuxTrês empresas da Grande João Pessoa vão ceder ônibus para atender à demanda de transporte público da população de Bayeux, após a paralisação dos funcionários da Metro, que é responsável por mais de 90% da frota que circula na cidade. A decisão foi tomada durante uma reunião do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) com o Sindicato dos Motoristas e o Sindicato das Empresas de Ônibus, nesta segunda-feira (13).

Ficou decidido que as três empresas vão ceder 18 ônibus para atender Bayeux a partir desta terça-feira (14). A decisão é temporária e válida até sexta-feira (17), quando vai ser realizada outra reunião para tentar resolver a situação.

Segundo o superintendente do DER, Carlos Pereira, a Metro prometeu pagar os salários atrasados dos funcionários, mas também disse que, a partir desta terça-feira, eles passam a ser funcionários das novas empresas.

Entenda o caso
No último sábado (11), os motoristas, fiscais e mecânicos da empresa Metro paralisaram as atividades. Segundo eles, a medida foi tomada por causa de uma briga na justiça envolvendo a gestão da empresa e, consequentemente, falta de pagamento.

“No dia 10 de novembro, se eu não me engano, dona Zilma assumiu a empresa com o compromisso de atualizar os salários dos motoristas, as férias trabalhistas e, no decorrer o tempo, ela vem honrando com isso. Sendo que na negociação que ela havia feito com o antigo proprietário, ele relatou que a dívida seria de R$ 1,5 milhão, sendo que na verdade chega a R$ 6 milhões. Ela tentou sentar com ele para resolver melhor, mas ele não quis acordo e entrou com uma liminar na justiça querendo tomar a empresa de volta e foi o que aconteceu. Mas os funcionários da empresa não querem mais ele como patrão porque ele não honra com os compromissos. E todo mundo aqui pai de família e necessita do salário”, explica o funcionário da empresa, Eduardo Amorim.

A empresária Zilma Barros informou que administrava a empresa por uma procuração pública e que esse documento foi revogado. Ela disse que existia ainda um contrato de pré-venda e que estava analisando para saber se realmente concretizar o negócio na empresa Metro. O

A Metro Transportes Metropolitanos afirmou, por meio de nota, que Zilma e André Lima não cumpriram suas obrigações gerenciais e financeiras, por isso, o acerto de compra e venda foi desfeito. A empresa ainda garantiu que “medidas administrativas e judiciais, cíveis e criminais, já estão sendo tomadas no sentido de salvaguardar o direito dos usuários ao transporte público de Bayeux, o bem estar dos funcionários da Metro, além do patrimônio da empresa”.

Por causa da confusão, os funcionários não receberam os salários. Os ônibus que estão na garagem são do empresário que está reassumindo a gestão e, segundo os motoristas, não têm condições de circular.

Fonte: Portal do Litoral PB com G1