Economia

Paulo Guedes vai confiscar a poupança?

O Posto Ipiranga do Bolsonaro tem contas a ajustar com a Justiça, segundo a Crusoé. Talvez por isso ele tenha fugido do debate entre economistas no Roda Morta. Há porém outros motivos. Como esses que constam de e-mail que o ansioso blogueiro recebeu:

O Posto Ipiranga do Bolsonaro tem contas a ajustar com a Justiça, segundo a Crusoé.

Talvez por isso ele tenha fugido do debate entre economistas no Roda Morta.

Há porém outros motivos.

Como esses que constam de e-mail que o ansioso blogueiro recebeu:

Boa noite,

No ano de 2012/2013, estava realizando uma dissertação de mestrado sobre o Instituto Millenium, e acabei por conseguir uma entrevista com o economista Paulo Guedes, pois seria muito útil, vez que ele havia feito parte do Conselho Consultivo do IM.

Ele havia acabado de realizar uma palestra no Instituto, foi muito simpático nas apresentações, e perguntei brincando, para quebrar gelo: “Doutor, se você fosse Ministro da Fazenda hoje, qual seria sua primeira medida?”. Ele não pensou muito e disse: “Privatizar tudo que for possível, a dívida pública está estourando.”

Logo em seguida, quando fui iniciar as perguntas ele me interrompeu e disse: “olha, privatizar levaria tempo, logo não seria a primeira, vou lhe dizer a primeira, já que se trata de uma fantasia e a Dilma e o PT nunca iriam me colocar lá”. Olhou nos meus olhos e disse: “Eu iria criar uma espécie de Tesouro Direto obrigatório, reteria cerca de 50% dos valores depositados em poupanças, CDBs, CDIs e talvez fundos privados. Mas os fundos dariam problema, iria mexer com muitos player graúdos”.

Então perguntei: “Mas por qual razão?” Ele então disse “Poderia com o dinheiro retido e com o dinheiro obtido das privatizações ajudar a pagar a dívida pública ou talvez quitar toda. Assim em poucos anos o PIB estouraria, iríamos atrair muitos investimentos.”

Ele ainda fez uma comparação da lista de bons pagadores do SPC com o Brasil, dizendo que o Brasil na época estava lá em baixo na lista, caso houvesse um cadastro de países.

Então, questionei: “como pagaria ao povo o dinheiro retido?”

Ele disse, que, em cerca de 2 ou 3 anos, iríamos ganhar mais do que foi retido, e “daríamos um pequeno lucro a quem teve o dinheiro retido”.

Disse algo com a flutuação dos juros, inflação, compra de dólares e assuntos de que não entendo, por ser de fora do mundo da economia.

A conversa informal acabou com ele dizendo que nunca seria Ministro da Fazenda, e continuamos com a perguntas para a minha tese.

Estou mandando essa mensagem, pois sinto ser obrigação informar ao povo o que poderá ocorrer.

Só deixarei esse e-mail, sem meu nome, nem nada.

Tenho medo de ser morta pelos seguidores do Bolsonaro.

Estamos próximos de eleger um Collor II.

Obrigada

Fonte: Conversa Franca
Créditos: Conversa Franca