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Volume de serviços tem maior queda em quase oito anos na PB, diz IBGE

Retração de 5,6% no mês de março é uma consequência das medidas de isolamento social para conter o avanço do contágio da COVID-19.

O volume de serviços na Paraíba apresentou a maior queda no índice em quase oito anos, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (13). Segundo o IBGE, o volume de serviços caiu 5,6% no mês de março em comparação a fevereiro. É o índice negativo mais intenso desde julho de 2012, quando a redução foi de 5,9%. Esta é a segunda queda consecutiva do valor, que havia recuado 2,8% em março.

Apesar da queda significativa, a Paraíba apresentou um quadro melhor que a média brasileira, que variou -6,9% em março. O índice no estado foi o terceiro menor do Nordeste, atrás do Maranhão – uma das poucas unidades da federação que alcançou resultado positivo (1,1%) – e Ceará (-5,2%).

Segundo o IBGE, os dados indicam que a retração é uma consequência das medidas de isolamento social para conter o avanço do contágio da Covid-19. No Brasil, 24 das 27 unidades da federação tiveram resultados negativos em março.

“Essa queda é motivada, em grande parte, pelas paralisações que aconteceram nos estabelecimentos, sobretudo nos restaurantes e hotéis, que fazem parte dos serviços prestados às famílias. Outras empresas também sentiram bastante depois do fechamento parcial ou total, como os segmentos de transporte aéreo e algumas empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros”, explicou o gerente nacional da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Ainda de acordo com a PMS, o impacto na receita nominal de serviços arrecadada em março, no comparativo com fevereiro, apresentou uma queda um pouco menor, de 5,5%, enquanto que a média brasileira foi de -7,3%.

Apesar das retrações no comparativo mês a mês, no acumulado de 12 meses o volume de serviços na Paraíba apresentou uma pequena variação positiva, de 0,6%. A receita nominal apresentou saldo positivo de 2,7%, abaixo da média nacional de 3,9%.

Fonte: G1
Créditos: G1