Economia

Suco, açúcar e calçados: Paraíba pode ser afetada pela tarifa de 50% dos EUA, mesmo exportando menos que outros estados

Suco, açúcar e calçados: Paraíba pode ser afetada pela tarifa de 50% dos EUA, mesmo exportando menos que outros estados

Paraíba - Mesmo não estando entre os principais estados nordestinos que mais exportam para os Estados Unidos, a Paraíba pode sofrer impactos com a nova tarifa de 50% anunciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

No primeiro semestre de 2025, os Estados Unidos lideraram o ranking de países que mais compraram produtos paraibanos, empatando com a Geórgia, com ambos respondendo por 12% das exportações do estado. Em valores, os EUA ficaram à frente, com US$ 9,88 milhões exportados, contra US$ 9,3 milhões da Geórgia.

Ao todo, a Paraíba exportou para 68 países, totalizando mais de US$ 79,6 milhões no período, segundo dados do sistema Comex Stat do Governo Federal.

Principais produtos exportados da Paraíba para os EUA

A lista dos produtos exportados para os Estados Unidos é diversificada, abrangendo desde alimentos até materiais de construção. Confira os principais itens e valores em dólares FOB, referentes ao período de janeiro a junho de 2025:

  • Sucos de frutas ou vegetais: US$ 6.879.640
  • Calçados: US$ 1.448.964
  • Açúcares e melaços: US$ 826.876
  • Materiais de construção (cal, cimento): US$ 316.508
  • Pedra, areia e cascalho: US$ 134.500
  • Pescado (inteiro vivo, morto ou refrigerado): US$ 107.131

Em 2024, o valor total das exportações da Paraíba para os EUA atingiu US$ 35,6 milhões, com destaque para o setor de açúcares e melaços, que representou mais de 56% do total — cerca de US$ 20 milhões.

Reação e medidas do governo Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em pronunciamento em rede nacional nesta quinta-feira (17) que as tarifas anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, têm apoio de políticos brasileiros, os quais classificou como “traidores da pátria”.  

Ainda sobre as tarifas, o presidente disse em rede nacional que usaria de “todos os instrumentos legais” para defender a economia brasileira, desde recursos à OMC (Organização Mundial do Comércio) até a Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada pelo Congresso Nacional