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Transmissão do coronavírus só vai cair de forma brusca em setembro, avalia ministro da Saúde

De acordo com os dados das secretarias estaduais de saúde, os infectados pelo coronavírus no Brasil são 793, sendo que a maioria deles está em São Paulo (345). Já o número de mortes é de 11, com nove delas em São Paulo e duas no Rio de Janeiro.

 

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta sexta-feira (20) que a transmissão do novo coronavírus só terá “queda profunda” a partir de setembro. A previsão foi feita pelo chefe da pasta durante videoconferência do presidente Jair Bolsonaro com empresários em um cenário de aumento dos números de contaminações e mortes causadas pela Covid-19 .

“No mundo ocidental, onde as informações são mais fidedignas […], fica caracterizado que o vírus tem um padrão de transmissão, [que] ele é muito competente”, declarou o ministro.

De acordo com os dados das secretarias estaduais de saúde, os infectados pelo coronavírus no Brasil são 793, sendo que a maioria deles está em São Paulo (345). Já o número de mortes é de 11, com nove delas em São Paulo e duas no Rio de Janeiro.

Esses números são maiores se comparadas com as estatísticas do Ministério da Saúde, que ainda estão em 621 casos confirmados e seis mortes.

“São Paulo está fazendo o início do seu redemoinho [de transmissão]. A gente imagina que ela vai pegar velocidade e subir nas próximas semanas, 10 dias. A gente deve entrar em abril e iniciar a subida rápida, isso vai durar os meses de abril, maio, junho, quando ela vai começar a ter uma tendência de desaceleração. O mês de julho deve começar o platô. Em agosto o platô vai começar a mostrar tendência de queda e aí a queda em setembro é profunda, tal qual a de março na China”, disse Mandetta.

Nesta sexta-feira, os estados do Amapá e do Mato Grosso identificaram seus primeiros casos. O Pará já registrou dois homens infectados, na faixa etária dos 35 anos, e o Acre alcançou sete casos. Somente o Maranhão, Rondônia e Roraima ainda continuam sem casos confirmados.

Segundo o Ministério da Saúde, já há transmissão sustentada ou comunitária em São Paulo e no Rio de Janeiro. Essa caracterização é dada quando um vírus já circula de forma livre em um grupo de pessoas sem que nenhuma delas tenha viajado para fora do País e quando a origem das infecções não pode mais ser rastreada.

 

Fonte: IG
Créditos: IG