Quaresma

SILÊNCIO SAGRADO: Bolsonaro e seus filhos precisam calar-se nas redes sociais para o bem do governo - Por Anderson Costa

O nosso presidente da República Jair Bolsonaro, que se autodenomina católico poderia inspirado pelos ensinamentos da sua religião e pensando no bem do seu governo, abster-se junto aos seus três filhos do twitter.

Na última quarta-feira os católicos de todo o mundo começaram a viver o período da quaresma e um costume muito comum aos católicos de todo o mundo e também aos féis de outras denominações cristãs, que possuem em seus credos passagens de tempo preparatórias para a páscoa, é absterem-se de algo que lhes dê prazer. O nosso presidente da República Jair Bolsonaro, que se autodenomina católico poderia inspirado pelos ensinamentos da sua religião e pensando no bem do seu governo, abster-se junto aos seus três filhos do twitter.

O presidente e os seus filhos com toda certeza sentem grande prazer em usar as redes sociais, sempre ativos em algum dos canais de interação virtual os membros do clã Bolsonaro gastam grande parte do seu tempo expressando suas opiniões na quantidade de caracteres permitida pela rede social do passarinho azul. Se por um lado a afeição da família as redes sociais pode ter se mostrado frutífera durante a campanha, quando apesar do seu pouco tempo de publicidade gratuita o ex-capitão de exército conseguiu vencer seus adversários e tornar-se presidente da República. Atualmente a cada nova movimentação da família Bolsonaro nas redes sociais surge uma nova polêmica.

Tido como o grande especialista em redes sociais pela família, o pitbull Carlos é quem mais se envolveu em problemas causados pelo seu comportamento na rede. Desde a suspeita de que ele publicaria mensagens nas redes do seu pai como se fosse o presidente, a possibilidade de que ele seria um dos administradores da página do PSL-RJ no Facebook em que foram feitas publicações em sua defesa e a maior de todas as suas confusões que foram suas publicações contra o ex-secretário geral da presidência, Gustavo Bebianno, em que chamou o mesmo de mentiroso.

Outro filho de Bolsonaro que vem dando suas orelhadas em pouco mais do que 140 caracteres é o deputado federal Eduardo Bolsonaro, o mesmo que estava de fora das polêmicas recentes que envolviam a família voltou à tona quando veio a público afirmar que o ex-presidente Lula não deveria ter direito de ir ao enterro do neto recém-falecido. Eduardo queimou de forma instantânea o seu filme nas redes quando demonstrou a total apatia com os sentimentos de um avô que acabara de perder o seu neto e pôr acima disso as diferenças ideológicas que o separam do ex-presidente.

Por fim temos o presidente, que ao publicar um vídeo escatológico em suas redes põe mais uma vez a integridade do seu governo em cheque e vê até mesmo surgir os primeiros prenúncios de um pedido de impeachment por falta de decoro. Embora este primeiro pedido possa parecer frágil e não apresentar perigo real para o governo, a quantos escândalos mais Bolsonaro acredita que sua gestão resistirá antes que comece a ruir? Se antes eu enxergava em Damares uma espécie de muralha da China em forma de ministra, incumbida de receber todo o impacto e impedir que os adversários acertem o presidente e os ministérios chave do atual governo, como ela poderá cumprir sua missão quando Bolsonaro entrega as chaves dos portões aos inimigos?

Quanto ao Flávio está mais que óbvio que este não se envolveu em nenhuma polêmica virtual recente, pois está mais preocupado com o laranjal de Fabrício Queiroz. Por isso acredito que os seguidores cristãos de Bolsonaro devem sugerir que ele, mesmo que com dois dias de atraso, inicie já sua penitência quaresmal e afaste-se totalmente das redes sociais em companhia das suas crias e deixe suas falas oficiais a cargo da sua assessoria.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba