Ano diferente

Retrospectiva 2019: Confira as 12 tragédias que marcaram o ano

Este ano começou de um modo diferente. A primeira notícia ruim chegou para os brasileiros em 25 de janeiro, dia em que Brumadinho foi afetada por lama. A primeira tragédia do ano deixou mais de 200 vítimas e até hoje as buscas não acabaram. Daí em diante tivemos que encarar incêndios, mortes e tragédias ambientais. O mundo também foi afetado com uma perda histórica quando a catedral de Notre-Dame queimou por cerca 12 horas. O MEIA HORA separou alguns acontecimentos que, infelizmente, marcaram 2019.

1 Brumadinho

Em janeiro deste ano, o país ficou impactado com o rompimento da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais. A tragédia, que comoveu o país, teve 270 vítimas. A barragem da Vale devastou a cidade e deixou uma clima de pânico. A empresa chegou a ser condenada e teve R$ 11 bilhões bloqueados pela justiça para garantir as reparações aos danos provocados pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão.

 2 Ninho do Urubu

No Rio de Janeiro, um incêndio tomou conta do alojamento da categoria de base do Flamengo, no Ninho do Ururbu no segundo mês do ano. 10 meninos morreram e 3 ficaram feridos. Jovens de 14 e 16 anos de cinco estados do Brasil moravam em contêineres de alojamento das categorias de base do time. Os meninos foram eternizados pelos torcedores, mas algumas famílias ainda buscam na Justiça por indenização.

 3 80 tiros
Uma família estava indo para um chá de bebê quando teve o carro alvejado por 12 militares do Exército, em Guadalupe, Rio de Janeiro. O músico Evaldo dos Santos Rosa morreu na hora e o catador de material reciclado Luciano Macedo, foi atingido ao tentar ajudar, mas não resistiu. O caso teve grande repercussão no país e os militares foram denunciados por homicídio e tentativa de homicídio do sogro de Evaldo, Sérgio Gonçalves de Araújo, passageiro do veículo, que ficou ferido. Também estavam no carro a esposa, o filho e uma amiga do músico.
Os militares alegaram que teriam confundido o veículo com um carro roubado, mas a ação foi considerada desproporcional. Segundo o Ministério Público, os militares fizeram 257 disparos, e 62 tiros atingiram o carro do músico. O laudo da perícia aponta que não houve disparos na viatura e nem armas encontrada com as vítimas.

4 Assassinato em Suzano

No dia 13 de março dois jovens entraram na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, São Paulo, e mataram cinco estudantes e duas funcionárias da escola. Em seguida, um deles atirou no comparsa e então se suicidou. Pouco antes do atentado, a dupla tinha feito a primeira vítima fatal ao matar o proprietário de uma loja da região. Após a tragédia, a escola adotou outras medidas de segurança a pedido dos pais e solicitaram reforço particular para a segurança.

5 Ágatha 

No Complexo do Alemão, Ágatha Felix, de 8 anos, foi morta enquanto voltava para casa com a mãe. Ela estava dentro de uma kombi quando foi baleada e não resistiu. Ágatha foi a sexta criança morta em função da violência no Rio de Janeiro. A Polícia Civil fez reconstituição e apontou que tiro da PM matou Ágatha. O Ministério Público denunciou o policial que atirou por homicídio qualificado. A morte da menina gerou protestos na cidade e pedido de paz.

6 Badim

Um curto-circuito no gerador do Hospital Badim, no Rio de Janeiro, causou um incêndio que terminou na morte de 22 pessoas em setembro. A maioria das vítimas eram idosos pacientes no momento do acidente. Segundo o hospital, 103 pessoas foram hospitalizadas, 4 delas continuam internadas e 77 já tiveram alta. Seis acordos de indenização foram fechados e 10 estão em andamento.

7 Amazônia
Uma série de incêndios florestais que afetou a Amazônia acabou atraindo a atenção do mundo. As chamas, que não correspondiam a incêndios tropicais e sim áreas que foram desmatadas, teve início em agosto. Segundo um relatório do Projeto de Monitoramento da Amazônia Andina (MAAP), a intenção era converter o local para uso agrícola. O incêndio comoveu grandes personalidades como o ator Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo e foi pauta de líderes como Macron, presidente da França.

8 Paraisópolis

O primeiro dia de dezembro começou com uma ação da polícia deixando nove mortos e doze feridos em Paraisópolis, São Paulo. Os policias disseram que foram atacados por dois homens em um motos, e que entraram na comunidade após eles correram para dentro do baile durante a perseguição. Os jovens tinham entre 14 e 23 anos e não eram moradores de Paraisópolis. De acordo com a investigação, a PM não seguiu o protocolo utilizado pela corporação em casos de “controle de distúrbio civis”.

9 Ricardo Boechat 

Em fevereiro, um acidente de helicóptero vitimou o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci. A aeronave tentou fazer um pouso de emergência no Rodoanel quando “um caminhão que havia acabo de passar pela praça de pedágio na faixa do sem parar não teve tempo hábil de frear e colidiu com a aeronave ainda pousando”.

11 Óleo nas praias do nordeste

Um derrame de óleo afetou o litoral nordestino no final do mês de agosto. O petróleo cru atingiu mais de dois mil quilômetros e chegou ao sudeste do Brasil. Sem auxílio do governo, voluntários tentaram fazer a limpeza das praias afetadas. A vida marinha foi afetada pelo rastro tóxico e os impactos ainda são difíceis de serem calculados.

Fonte: Meia Hora
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