'fator de risco'

RELIGIOSOS SÃO MAIS PROPENSOS: Pesquisa revela características de homens que mais procuram prostitutas

O preocupante é que indivíduos que saem mais vezes com profissionais do sexo são justamente os que menos usam camisinha, segundo o estudo.

 

Um em cada oito homens faz sexo com prostitutas, segundo uma pesquisa que contou com 5.000 britânicos de 20 a 74 anos. A proporção é bem mais alta que a observada em levantamentos anteriores no Reino Unido, de um em cada dez. Mas o mesmo estudo indica que algo pode mudar um pouco esse cenário.

Segundo os resultados, homens que se declaram religiosos são mais propensos a sair com prostitutas do que aqueles que não seguem nenhuma religião. Além disso, trabalhadores mais qualificados, como indivíduos em cargos de gerência, têm probabilidade maior de utilizar os serviços de prostitutas do que profissionais com menor nível de instrução.

Os resultados surpreenderam os autores do estudo, das universidades de Turim, na Itália, e de Oslo, na Noruega. Para eles, esses homens teriam mais a perder, caso fossem flagrados pagando por sexo. Mas, aparentemente, essa preocupação não inibe a busca por prostitutas.

O levantamento, que contou com dados da Pesquisa Nacional sobre Atitudes Sexuais e Estilos de Vida, indica que a frequência do sexo com prostitutas é bem maior entre homens que vivem na capital, viajam bastante para o exterior, são usuários de álcool e drogas, e têm renda média ou média-alta (ou seja, não são pobres, nem ricos).

Os homens que pagam por sexo também são mais propensos a ter mais parceiras – a média deles é de 33, enquanto os que nunca saíram com prostitutas contabilizam 13. O preocupante é que indivíduos que saem mais vezes com profissionais do sexo são justamente os que menos usam camisinha, segundo o estudo.

A descoberta que eu considero mais importante é que os participantes do estudo que tiveram aulas de educação sexual na escola foram os menos propensos a pagar por sexo, bem como os que costumam se masturbar com frequência.

Ter acesso a informações sobre doenças transmitidas pelo sexo pode fazer as pessoas pensarem duas vezes antes de se expor a riscos. Aprender sobre o desejo e o corpo dos homens e das mulheres também pode melhorar a autoconfiança para os jovens, e, no caso dos garotos, pode combater algumas crenças equivocadas, como a de que é preciso treinar com prostitutas antes de transar com uma namorada.

O estudo foi publicado na Revista Escocesa de Economia Política, e foi financiado Centro de Pesquisas Econômicas Ragnar Frisch, na Noruega.

Fonte: UOL
Créditos: UOL