usina nuclear

Quatro grupos estrangeiros têm interesse em Angra 3, diz presidente da Eletrobras

Quatro grupos internacionais de quatro países manifestaram interesse em concluir a obra de Angra 3, a polêmica usina nuclear cuja construção está paralisada em meio ao envolvimento no escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Obra precisa de investimento bilionário para ser concluída.

Segundo o presidente-executivo da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., russos, sul-coreanos, franceses e chineses estão interessados, enquanto a estatal e o governo debatem valores para conclusão da obra.

Para o executivo, o governo prevê uma decisão até setembro sobre como levar adiante o empreendimento.

Obra da usina de Angra 3 em dezembro de 2014, antes das obras serem paralisadas  (Foto: Divulgação)

Obra da usina de Angra 3 em dezembro de 2014, antes das obras serem paralisadas (Foto: Divulgação)

De acordo com Ferreira Jr., seria possível iniciar a operação de Angra 3 em 2023, caso uma decisão favorável à retomada das obras seja tomada em setembro.

Ele comentou que as empresas interessadas não temem questões relacionadas ao escândalo de corrupção, pois a Eletrobras está com uma agenda forte de governança para impedir novos desvios de conduta.

Wilson Ferreira Júnior ao tomar posse como presidente da Eletrobras  (Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Wilson Ferreira Júnior ao tomar posse como presidente da Eletrobras (Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

“Estamos debatendo valor para conclusão, de ter parceiro, financiamento internacional e indexação da tarifa”, declarou ele a jornalistas, em conferência de imprensa para afirmar sua intenção de continuar na empresa, após polêmicas com funcionários.

O executivo não informou o nome das empresas interessadas.

A conclusão da construção da usina nuclear de Angra 3, cujas obras estão paralisadas desde o final de 2015, exigiria entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões de em investimentos e até cinco anos de trabalho, disse em maio o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.

Fonte: G1