Passou do limite

Professora dá aula de 'educação sexual' a crianças de 9 anos e é afastada

O caso, que aconteceu na escola municipal Aníbal Lopes da Silva, ganhou as redes sociais na terça-feira (30), após a própria professora publicar em seu perfil as imagens das crianças.

Uma professora de Cascavel, no oeste do Paraná, foi afastada das atividades por 30 dias após uma polêmica aula de educação sexual para crianças de 9 e 10 anos.

Grasiela Ivana Passarin, que trabalha na rede municipal de ensino há 19 anos, levou para a sala de aula preservativos –masculino e feminino– e próteses de borracha semelhantes a órgãos genitais. Os objetos foram manuseados pelos alunos e fotografados pela professora, que postou as imagens em uma rede social.

A secretária de Educação, Márcia Baldini, disse que houve excessos da professora, ressaltou que o currículo escolar prevê o conteúdo de orientação sexual, mas em questões de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e prevenção da gravidez na adolescência. “Não cabia aquele aprofundamento, de forma alguma”, afirmou.

O caso, que aconteceu na escola municipal Aníbal Lopes da Silva, ganhou as redes sociais na terça-feira (30), após a própria professora publicar em seu perfil as imagens das crianças.

As fotos também foram levadas ao Ministério Público, que irá analisar se houve exposição ilegal dos alunos.

Em nota, a Polícia Civil informou que está acompanhando o caso, já que houve registro formal feito pela Secretaria da Educação, mas que somente após a sindicância instaurada pelo município e ouvir os envolvidos poderá chegar a uma conclusão se houve algum tipo de crime.

O afastamento da professora foi determinado por telefone pelo prefeito Leonaldo Paranhos (PSC), que estava em Brasília na terça-feira.

Nesta quinta-feira (1), Paranhos disse à Folha que é preciso dar o espaço necessário para que a professora explique a intenção do uso do material.

“A gente não pode de um erro fazer outro. Nós não podemos querer fazer justiça, banalizar isso, expor as pessoas, porque a professora também tem família”, disse.

O prefeito reforçou que o método não integra o Plano Municipal de Educação, tanto que o material usado foi emprestado de outro órgão público, o Cedip (Centro Especializado de Doenças Infecto-Parasitárias).

“Se tivesse inserido no dia a dia das escolas não era necessário fazer o pedido [de empréstimo do material], foi algo que veio externamente.”

A professora afirmou que está tranquila e defendeu a sindicância, mas disse que não pretende falar sobre o método aplicado em sala de aula.

“O que me deixa perplexa é a reação desenfreada de discursos agressivos, isso sim é uma coisa que me deixa perplexa, mas eu estou bem. Estou confiante sobre o processo, está havendo um equívoco de informações, vai ser julgado, avaliado e estou tranquila quanto ao método e as aulas”, afirmou.

Fonte: Folha
Créditos: Folha