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Mulheres protestam contra Bolsonaro em ato do Dia Internacional da Mulher

Grupos feministas se reúnem na avenida Paulista, centro de São Paulo, em uma manifestação pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado neste domingo

Grupos feministas se reúnem na avenida Paulista, centro de São Paulo, em uma manifestação pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado neste domingo (8).

Às 14h, horário para o qual o ato foi convocado, manifestantes de coletivos como Evangélicas pela Igualdade de Gênero, Central Sindical Popular e Mulheres do Sindicato dos Metroviários de SP já se reuniam no vão-livre do Masp e no parque Mario Covas sob chuva, que durou até as 15h30.

O ato também conta com a presença de grupos ligados a partidos, como PSOL, PSTU, PCO e PT —há uma cabana de filiação para esta legenda.

Portavam tambores, bandeiras e faixas com dizeres em lembrança à vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, a favor da democracia, contra o presidente Jair Bolsonaro e e em defesa das mulheres, como “em casa, na rua, no trabalho e no transporte: exigimos respeito! Basta de violência”.

“Fora Bolsonaro! Ele não, ela sim! Nenhuma a menos!”, repetiam os presentes em coro, ecoando fala de uma representante do Cabaré Feminista em uma caixa de som. “Ele não, ele nunca, nós sim!”, Nós não queremos Doria governador!”, emendou ela.

Um tumulto ocorreu quando um homem foi expulso do agrupamento em frente ao parque Mario Covas após ofender uma das representantes do coletivo. Alterado, ele foi sendo empurrado para longe da reunião e foi embora pela alameda Ministro Rocha Azevedo.

Um coletivo formado por nove organizações religiosas entoava “quem é cristão não apoia a ditadura, Bolsonaro não é cristão coisa nenhuma” durante o ato.

A chuva não impediu a estudante Marina Pio, 23, de participar do ato. “É um dia muito simbólico, e as mulheres têm que se posicionar e mostrar que exigem um país com mais respeito e representatividade”, diz ela, para quem “o movimento feminista e o contra o governo Bolsonaro são paralelos.”

A técnica de segurança do trabalho Karine Goulart, 31, foi ao ato com um cartaz escrito “o que é coronavírus perto do feminicídio”. “As pessoas colocam mais energia no vírus do que no tanto de mulher que morre todo dia. Ninguém pensa em como parar isso, que também é muito importante”, diz.

Fruto de um grupo de WhatsApp criado na segunda (2), o grupo Mulheres pela Democracia encenava gestos inspirados na coreografia feminista chilena “Um violador no teu caminho”. ​

Fonte: Folha de S.Paulo
Créditos: Folha de S.Paulo