Caso raro

Modelo brasileira que teve gestação de trigêmeas ganha bebês nos EUA: 'Tive que pintar as unhas delas para não confundir'

Passado o susto, todos os dias 11 agora são de muita festa. A modelo sul-mato-grossense Kérelin Mamedes Stumpf Nantes, de 31 anos, que teve uma gestação de alto risco, ganhou as trigêmeas univitelinas nos Estados Unidos. As bebês já completaram um mês de vida e, segundo especialistas, são um caso raro que acontece com uma a cada 200 milhões de pessoas.

A mãe usa as redes sociais para falar da rotina e recentemente mostrou o momento em que a filha mais velha, de um ano e sete meses, conheceu as três irmãs. “As minhas tri nasceram”, disse ao G1 emocionada. A avó das crianças, Vera Lúcia, também saiu de Campo Grande, para ajudar a família. “Estamos muito felizes e gratos à Deus pela grande bênção q recebemos!”, comemorou.

Carinhosamente, a modelo as chama de ABC: Alana, Brenda e Claire. “…Esse primeiro mês foi difícil pra todo mundo aqui…adaptação delas de como viver fora da barriga e adaptação nossa da logística e cuidado de três bebezinhas simultaneamente…ABC mostraram que são muito fortinhas e saudáveis. Já sabem virar a cabecinha para os lados, dão risadinhas involuntárias mas que deixam a gente bobo e já mostraram que tem uma voz bem fortinha (chorinho bem mais alto que a Evie tinha). Também percebemos que elas tem uma necessidade linda de ficarem juntinhas, as três lado a lado…nossos três milagres de vida!”, falou Kérelin.

Foram ao todo 33 semanas de gestação, antes do tempo previsto para o nascimento, que seria o dia 29 de abril deste ano. No entanto, no dia 11 de março, elas chegaram ao mundo e, conforme a mãe, foi necessário pintar as unhas de cada uma para não serem confundidas. “Não dá pra ficar sem, senão a gente não sabe quem é quem”, explicou.

Descoberta das trigêmeas

Em setembro de 2018, a primeira filha do casal completou um ano e Kérelin foi levar a menina para tomar vacina, quando descobriu a nova gestação. Na época, ela contou que ficou muito preocupada ao pensar que não tinha corpo nem para gêmeas, quanto mais para trigêmeas, tendo 1,75 metros de altura e 55 kg.

Em seguida, Kérelin ainda falou que médicos chegaram a propor o aborto. “Aqui, até 20 semanas, o aborto é permitido. Eles falaram em reduzir a minha gestação, se eu quisesse. Os médicos viram que a gente ficou assustado com a notícia, pediram para respirar fundo, ressaltando que realmente era muita coisa para assimilar e que teríamos esta possibilidade. E, se isso acontecesse, eles me levariam para uma clínica mais especializada para fazer o procedimento, principalmente porque eles estão na mesma placenta”, disse na ocasião.

No entanto, sem nem pensar nessa possibilidade, o casal seguiu adiante. Kéreli conheceu o marido Wallace Nantes Oliveira, de 32 anos, no ensino médio. “Eu estudei a vida toda em colégio adventista e ele também estudava em outra escola particular. Por coincidência, nós e nossa família queriam uma experiência diferente e, por isso, nos matricularam em colégio público. No 1° dia, ele me viu, me filmou durante um trabalho de escola, mostrou pra mãe dele e disse que casaria comigo”, comentou.

Fonte: G1 MS
Créditos: G1 MS