Cidades já registram desistências

MAIS MÉDICOS: menos de 10% dos inscritos se apresentaram para trabalhar, diz ministério da saúde

O ministério informou, no entanto, que apenas 738 profissionais já se apresentaram nos locais que se inscreveram para começar os trabalhos, o equivalente a 8,9%

Pouco menos de 10% dos aprovados no novo edital do programa Mais Médicos se apresentaram para trabalhar em seus respectivos postos de saúde. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo ministério da Saúde.

Das cerca de 8,5 mil vagas abertas com saída de Cuba do programa, 8.319(97,8%) foram preenchidas. O ministério informou, no entanto, que apenas 738 profissionais já se apresentaram nos locais que se inscreveram para começar os trabalhos, o equivalente a 8,9%.

Algumas cidades já registram desistências

Em Cosmópolis, interior de São Paulo, de sete aprovados no novo edital, só três estão disponíveis. Três desistiram antes de “tomar posse”, diz a prefeitura, e um não se apresentou. A reposição dos desistentes já foi pedida. Lá havia oito médicos cubanos – sete saíram. O outro fez o Revalida, exame de validação do diploma obtido no exterior, e foi aprovado.

Se houver dificuldade em repor os cubanos, o ministério estuda deslocar profissionais que já atuam no programa para essas regiões. Em edital de novembro de 2017, o índice de desistência entre profissionais com registro havia sido de 20%.

Na cidade de Contagem, em Belo Horizonte, a expectativa era receber cinco inscritos para substituir os Cubanos, mas dois desistiram. Os outros  três devem começar na próxima semana . Um posto em Nova Contagem, um dos bairros mais humilde da cidade, só tinha um médico, cubano, e agora está sem nenhum. A prefeitura estima que 22 pacientes deixem de ser atendidos por dia.

O Ministério da Saúde disse adotar medidas “para garantir a assistência”. Balanço sobre o novo edital deve sair no dia 18 do mês de novembro. “Em caso de desistência, a vaga será disponibilizada numa possível segunda etapa.”

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba