Jean Willys relata novas ameaças sofridas no mesmo dia que sua renúncia é publicada

A Câmara dos Deputados publicou nesta terça-feira (29) a renúncia do deputado Jean Wyllys (PSol-RJ) ao mandato para o qual foi eleito em outubro de 2018. No despacho publicado juntamente com o ofício de Wyllys, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia(DEM-RJ), determina a convocação do primeiro suplente da bancada do PSol do Rio de Janeiro e a inclusão de seu nome na lista dos parlamentares que tomam posse.

O suplente é o vereador carioca David Miranda (PSol-RJ). A partir desta terça, a Câmara dos Deputados pode tomar as providências necessárias para que Miranda assuma o mandato a partir de sexta-feira (1°), na 56ª Legislatura. No ofício protocolado na última segunda (28), na presidência da Câmara, Willys informa, “em caráter irretratável”, que não vai tomar posse em seu terceiro mandato consecutivo. O deputado anexou a carta apresentada ao seu partido, na última quinta-feira (24), na qual disse ao PSol que renunciaria ao mandato e não voltaria ao Brasil.

Novas ameaças
Jean Wyllys procurou Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, para comunicar o recebimento de novas ameaças depois de ele anunciar que deixaria o cargo de deputado federal. A informação foi divulgada pelo Blog da Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

De acordo com a reportagem, o político teria recebido duas mensagens, no sábado (26) e na segunda (28), em seu e-mail institucional. Nelas, uma pessoa que usa o nome de Emerson Eduardo Rodrigues Setim diz planejar o assassinato de familiares de Wyllys. O recado também teria sido enviado aos parentes do parlamentar. “Isto não é uma bravata, é só um aviso”, diz a mensagem. Em seguida, são citados irmãos de Jean Wyllys e os números de seus respectivos documentos.

Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles