Em São Paulo

Italiano é esfaqueado por travestis na Virada Cultural

Um italiano de 28 anos foi atacado a facadas na noite de domingo (19), em São Paulo, durante a Virada Cultural. Alessandro Ducci estava acompanhando um show de Preta Gil na Praça da República, no centro da capital paulista, e se envolveu em uma confusão com duas travestis.

Testemunhas afirmam que Ducci teria sido assediado pelas travestis, recusando a investida. Na sequência, afirmam, o italiano foi agredido e esfaqueado pelas travestis, que ainda foram ajudadas por mais dois homens na agressão.

A Polícia Militar afirma que ele levou facadas na barriga, sofreu uma perfuração no intestino e precisou ser operado. O italiano afirmou aos PMs que vive no Brasil, onde também tem emprego fixo, e relatou que as travestis tentaram roubar seu celular e carteira. Teriam, ainda, afirmado que “assim que você vai se lembrar do Brasil” ao terminarem a agressão.

Segundo os policiais, as quatro pessoas apontadas como agressoras foram presas, mesmo tendo trocado de roupa para que não fossem identificados.

4,6 milhões de pessoas lotam ruas de São Paulo na Virada
Visto do viaduto do Chá, ou do Santa Ifigênia, o vale do Anhangabaú parecia novamente invadido por um rio. O movimento e o brilhar de luzes, porém, não eram da água e do reflexo nela das estrelas, mas sim do mar de gente e de seus celulares.

O palco principal da 15ª Virada Cultural, ali instalado, chegou a receber público de 200 mil pessoas, segundo a prefeitura. Criolo, já na madrugada de domingo (19), e Anitta, mais tarde, ao meio-dia, foram os que mais fizeram as pessoas se apertarem. No sábado à noite, Caetano Veloso e os filhos Tom, Zeca e Moreno, atraíram 160 mil ao show “Ofertório”.

Durante as 24 horas do evento, que começou às 18h de sábado (18), cerca de 4,6 milhões de pessoas passaram pelas 1.200 atrações espalhadas em 250 pontos da capital paulista. Neste ano, a prefeitura investiu R$ 18,6 milhões na Virada, o mesmo valor investido na edição do ano passado, que teve público de 3 milhões.

A aposta da gestão de Bruno Covas era simples: voltar às origens. Em 2017 a Virada arriscou uma grande mudança, saindo do centro com os palcos principais e suspendendo a programação durante a madrugada, assim, teve queda expressiva de público. Se antes girava em torno de 3 ou 4 milhões -número atingido em 2012, por exemplo- naquele ano o público caiu para 1,6 milhões.

Com muita gente na rua circulando madrugada adentro pelas vias do centro, não houve ocorrências policiais graves. Foram mobilizados para o evento 2.400 agentes da Guarda Civil Municipal e 11 mil policiais militares.

O balanço é de uma festa tranquila, diferente de anos em que houve registro mortes (2013 e 2016), feridos a bala e a faca, além de grandes arrastões. Segundo a Polícia Militar, neste ano 3.360 pessoas foram abordadas e 23 foram presas.

Um bebê foi abandonado em um carrinho, por volta das 4h do domingo, no vale do Anhangabaú. Ele foi encaminhado ao Hospital das Clínicas e, ainda não identificado, está sob os cuidados do Conselho Tutelar.

Em sua estreia em Viradas, a avenida Paulista, que foi motivo de disputa judicial às vésperas do evento, com moradores tentando evitar sua interdição, ficou fechada para carros por 24 horas, porém, sem atrações ao ar livre e com programação concentrada nos centros culturais, ficou vazia.

Apesar dos palcos principais se concentrarem no centro da cidade, os bairros também ficaram movimentados: Baco Exu do Blues se apresentou no Centro Cultural do Grajaú, extremo sul da cidade, na tarde de domingo, e reuniu 15 mil pessoas.

Na Cohab 2, na zona leste, o rapper Rincon Sapiência, que nasceu não muito longe dali -na Cohab 1- reuniu multidão na praça Brasil já no cair da madrugada de domingo.

Criolo empolgou o vale do Anhangabaú com 18 músicas em uma hora e 25 minutos de show. O músico priorizou raps dos seus três primeiros álbuns, mas escolheu fechar a noite com um samba à capela, “Menino Mimado”, do álbum “Espiral de Ilusão”.

O show foi marcado por manifestações políticas do público e dos artistas. Acompanhado do DJ Dandan e três outros músicos (todos vestindo branco), Criolo pediu apoio às manifestações de estudantes e professores contra o corte de verbas para a educação.

Fonte: Yahoo Notícias
Créditos: Yahoo Notícias