Recursos negados

Família de menina assassinada no Rio, recusa ajuda financeira do governo

A família de Ágatha Félix, menina de 8 anos morta por uma bala perdida durante ação policial no Complexo do Alemão, no Rio, recusou o auxílio da secretaria estadual de Vitimização —e não quer receber recurso de nenhuma espécie do governo.

OFERTA 
A pasta, que atende familiares de vítimas da violência, diz que ofereceu-se para pagar o velório da jovem.

PODE GUARDAR 
Danilo Félix, tio da garota, afirma que o enterro foi realizado com recursos da família e do jornal Voz das Comunidades: “Não queremos ajuda do governo.”

VOZ 
Organizações brasileiras farão um discurso contra a política de segurança do governador do Rio, Wilson Witzel, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, nesta terça (24). “Os alvos são sempre os mesmos: negros jovens e pobres que vivem nas favelas da cidade”, diz o texto.

SANGUE 
“Pedimos à comunidade internacional que se manifeste contra esse banho de sangue racista”, segue o documento, assinado por Conectas, Redes da Maré e Justiça Global. O documento também critica o excludente de ilicitude que integra o pacote anticrime do ministro Sergio Moro, da Justiça.

DO OUTRO 
O ministro Moro diz que a proposta trata de autodefesa e não tem relação com o assassinato de Ágatha. Witzel diz que ela morreu por culpa do tráfico e não de sua política de segurança.

CESTA 
O governador de São Paulo, João Doria, entrará com nova ação na Justiça contra o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO). Desta vez, ele acusará o parlamentar de 27 crimes contra a honra —3 de calúnia, 6 de difamação e 18 de injúria.

PASSO ATRÁS 
Kajuru já afirmou que Doria deu emprego público a uma amante e o chamou de escória. O advogado Fernando José da Costa diz que o tucano só desistirá do processo caso o senador se retrate e doe o equivalente ao salário do governador, de R$ 22 mil, a uma entidade.

SOBE O TOM 
Doria já moveu uma primeira ação contra Kajuru. O senador, no entanto, manteve o tom das críticas.

VOZ FEMININA
A atriz Mariana Ximenes, a empresária Eliane Dias e a ex-deputada Manuela D’Ávila, acompanhada da filha Laura, foram ao Festival #Agora, no Centro Cultural SP, no domingo (22). O deputado Marcelo Freixo, a escritora e roteirista Antonia Pellegrino e a rapper Preta-Rara também passaram lá.

TESTE 
O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 181 anos de prisão pelo estupro de 37 mulheres, passará por exame médico pericial no Instituto de Medicina Social e de Criminologia na manhã desta terça (24), em SP. A perícia foi solicitada à Justiça para atestar o real estado de saúde de Abdelmassih.

CEP 
Em agosto, a Justiça suspendeu a prisão domiciliar do ex-médico por suspeita de fraude nas declarações de sua condição de saúde. Ele cumpria prisão em casa desde 2017. Após a revogação, ele foi levado ao Hospital Penitenciário de São Paulo. Antes, esteve detido em Tremembé.

FOCO 
O diretor Roberto Alvim, que comanda o Centro de Artes Cênicas da Funarte, não vai mais “responder as agressões que o governo [de Jair Bolsonaro] sofre em redes sociais”. Ele afirma que pretende a partir de agora se “concentrar para mostrar trabalho”.

BOCA ABERTA 
Alvim causou perplexidade ao atacar Fernanda Montenegro nas redes sociais. Ele a chamou de “mentirosa” e disse que tinha “desprezo” pela atriz.

NÃO GOSTEI 
O diretor afirma que “reagiu a uma agressão” —uma foto que ela fez como bruxa amarrada diante de uma fogueira de livros para a revista Quatro Cinco Um .

LISTA 
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), presidente da Comissão de Cultura da Câmara, vai requerer a presença de Alvim para prestar esclarecimentos sobre os ataques.

DE VOLTA 
O empresário Jorge Paulo Lemann recuperou o posto de maior bilionário do Brasil após oito meses em segundo lugar, de acordo com a revista Forbes que será publicada na quarta (25). Ele tem um patrimônio de R$ 104,71 bilhões. É seguido pelo banqueiro Joseph Safra (R$ 95,04 bi).

NO TOPO 
O ranking divulgado pela publicação traz, nesta edição, 206 bilionários —26 a mais que em 2018.

CANCELADO 
A empresária dos Racionais MC’s, Eliane Dias, deixou de fechar neste ano parceria com um serviço de streaming de música brasileiro alegando racismo. “Lembro como a gerente da empresa ficou desconfortável ao se deparar com uma mulher negra na reunião”, conta.

VOLTAS 
O negócio, que seria concretizado em valor “acima dos três dígitos”, acabou firmado com a Tidal, plataforma fundada pelo rapper Jay Z.

Fonte: Folha
Créditos: Polêmica Paraíba