Medicina Integrativa

Espiritualidade é disciplina da faculdade de Medicina da UFF

A ideia de implementar essa disciplina na grade do curso surgiu durante a realização de uma palestra que falava sobre a Medicina Integrativa na faculdade – uma abordagem orientada para um sentido mais amplo de cura, que visa tratar a pessoa em seu todo: corpo, mente e espirito

A disciplina é optativa e está na grade da faculdade desde 2017

Você acredita que a fé pode curar e contribuir com a saúde e o bem-estar? Para muitas pessoas, essa resposta é sim. E vários estudos que estão analisando a relação entre a religiosidade e espiritualidade na saúde física e mental das pessoas apresentam resultados bastante positivos. Sabendo que esses caminhos se cruzam, o curso de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF) incluiu como disciplina optativa Medicina e Espiritualidade. Essa matéria está disponível na graduação desde 2017.

A ideia de implementar essa disciplina na grade do curso surgiu durante a realização de uma palestra que falava sobre a Medicina Integrativa na faculdade – uma abordagem orientada para um sentido mais amplo de cura, que visa tratar a pessoa em seu todo: corpo, mente e espirito. “A ideia de criar uma matéria para falar sobre o assunto foi exposta para professores, coordenação e todos os núcleos responsáveis pelo curso de medicina da UFF. Em conjunto decidimos colocá-la em nosso currículo”, contou o urologista e professor da UFF, José Genilson Ribeiro.

Hoje, a disciplina Medicina e Espiritualidade vai além das aulas. A disciplina é lecionada por um grupo de profissionais das áreas de Psicologia, Medicina e Arteterapia. “Além da disciplina, já foram realizados três simpósios sobre o assunto e hoje temos o Núcleo de Estudos em Saúde, Medicina e Espiritualidade (Nesme) da UFF”, acrescentou Ribeiro.

O propósito é despertar nos estudantes um olhar mais abrangente em relação ao paciente. Segundo o especialista, é muito importante trabalhar assuntos como esse porque não se pode tratar apenas o efeito da doença. “É necessário fazer o paciente se questionar sobre o que aquela doença significa na vida dele. Muitas vezes, nós tratamos apenas a enfermidade, mas o fatores que causaram a doença continuam lá”.

Assim como em qualquer ambiente, em turmas de curso superior é possível encontrar estudantes de todas as religiões e crenças. E isso precisa ser trabalhado e respeitado. Da mesma forma, funciona os atendimentos com os pacientes. “Precisamos utilizar a fé do paciente para ajudá-lo. Com a mudança de valores e transformação interior, os resultados serão bem maiores”, assegurou o professor.

Fonte: Ascom Educa Mais Brasil
Créditos: Bárbara Maria