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'BRASIL ENTRE LIVROS E ARMAS': exibição de filme sobre ditadura acaba em confusão na UFPB; VEJA VÍDEOS

O filme faz críticas aos governos militares, mas também à guerrilha de esquerda que lutou contra a ditadura, e mostra episódios como atentados e crimes praticados por esse grupo.

Foto: reprodução / internet

A exibição do filme ‘1964 – Brasil entre livros e armas’ acabou em confusão, na noite desta terça-feira (02) na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A exibição do documentário, que acontecia em um dos auditórios do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) foi interrompido por manifestantes contrários à ditadura militar.

Produzido pelo grupo ‘Brasil Paralelo’, o filme retrata o contexto histórico do regime militar com base em documentos que, de acordo com os organizadores, eram secretos. O filme faz críticas aos governos militares, mas também a grupos de luta armada de esquerda que atuaram contra a ditadura, e expõe episódios como atentados e crimes que teriam sido praticados por esses grupos.

Conforme estudantes que participavam da sessão, o filme estava na metade da exibição quando estudantes mais alinhados ao pensamento político de esquerda chegaram no auditório com faixas contra a ditadura e, gritando palavras de ordem, interromperam a exibição do filme.

Uma das faixas utilizadas pelo grupo dizia ‘Ditadura Nunca Mais’. Um dos organizadores do evento tentou remediar a situação e propôs um debate entre os dois grupos, mas não houve consenso. Guardas que fazem a segurança da universidade foram chamados para conter os ânimos.

Parte dos estudantes que protestavam contra a exibição do filme xingaram o presidente Jair Bolsonaro (PSL) com palavrões, enquanto que estudantes que defendiam a exibição do filme defenderam o presidente e fizeram sinal de arma com as mãos.

Mesmo com a confusão estabelecida no auditório, os organizadores resolveram retomar a exibição do documentário até o fim, e encerraram o evento logo em seguida.

O filme

‘1964 – Brasil entre livros e armas’ tem a participação dos filósofos Luiz Felipe Pondé e Olavo de Carvalho, este último considerado um dos expoentes do governo do presidente Jair Bolsonaro. Também participam do filme o jornalista William Waack e o herdeiro da Coroa Imperial do Brasil, Luiz Philippe de Orléans e Bragança.

O documentário está sendo exibido em todo o Brasil desde o dia 31 de março, inclusive nos cinemas. Alguns cinemas optaram por não exibir o filme, o que gerou protestos pelo país contrários e favoráveis à obra.

O grupo Brasil Paralelo, responsável pela produção do documentário, é uma empresa privada, especializada na produção de vídeos e conteúdos históricos e políticos. A principal plataforma utilizada pela empresa é o Youtube.

Veja vídeos da confusão.

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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba