Investigação

A pedido de Gilmar Mendes, Dias Toffoli questiona validade de investigação contra ministro do Supremo

O pedido de Toffoli é uma resposta a uma requisição feita pelo ministro Gilmar Mendes após tomar conhecimento de um documento do órgão em que era proposta a abertura de uma fiscalização sobre ele e sua esposa.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, pediu nesta sexta-feira(08) que o ministro da Economia, Paulo Guedes, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra e a Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tomem providências para que o ‘eventual ilícito’ cometido por auditores da Receita Federal durante uma investigação fiscal envolvendo o ministro Gilmar Mendes e a sua esposa Guiomar Feitosa Mendes seja apurado.

O pedido de Toffoli é uma resposta a uma requisição feita pelo ministro Gilmar Mendes após tomar conhecimento de um documento do órgão em que era proposta a abertura de uma fiscalização sobre ele e sua esposa. Segundo uma reportagem publicada pela Revista Veja na manhã desta sexta-feira, a Equipe Especial de Fraudes da Receita aponta indícios da prática de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência do ministro e da sua esposa.

 Após a publicação da reportagem Gilmar Mendes enviou o ofício pedindo providências sobre eventual ilícito dos servidores inominados. Gilmar teria indicado que a apuração tem “nítido  viés de investigação criminal” e portanto não seria de competência da Receita Federal. O ministro também afirma não ter recebido até o presente momento nenhum tipo de intimação e que documentos vazados a imprensa não seriam fonte de fatos concretos.

Segundo Gilmar “todo cidadão está sujeito a cumprir as obrigações previstas em lei e, consequentemente, está sujeito a regular atuação de fiscalização de órgãos estatais”. “O que causa enorme estranhamento e merece pronto repúdio é o abuso de poder por agentes públicos para fins escusos, concretizado por meio de uma estratégia deliberada de ataque reputacional a alvos pré-determinados”, complementou.

De acordo com a receita é necessário apurar se houve efetiva prestação de serviços pela mulher do ministro, já que ela teria recebido parte dos lucros.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba com informações de G1