Separação Amigável

Analistas avaliam impacto que divórcio do homem mais rico do mundo terá no valor de mercado da Amazon

Com o fim do casamento de 25 anos entre Jeff Bezos (CEO da Amazon) e sua ex-esposa MacKenzie, algumas pessoas se perguntam o que isso deverá significar para os acionistas da Amazon, já que a separação deverá tirar (pelo menos temporariamente) Bezos da posição de homem mais rico do mundo.

Com o fim do casamento de 25 anos entre Jeff Bezos (CEO da Amazon) e sua ex-esposa MacKenzie, algumas pessoas se perguntam o que isso deverá significar para os acionistas da Amazon, já que a separação deverá tirar (pelo menos temporariamente) Bezos da posição de homem mais rico do mundo. Mas a verdade é que, ainda que a separação afete o bilionário, pouca coisa irá mudar para a companhia em si ou seus acionistas.

De acordo com Kelly Frawley, sócia do escritório de advocacia de Nova York Kasowitz Benson Torres LLP, uma firma especialista em casos matrimoniais, os acionistas da Amazon não precisam se preocupar com o fato de a separação do CEO da empresa afetar o valor das ações da empresa, principalmente pelo fato de tudo indicar estar se tratando de uma separação amigável. Para Frawley, o fato de ambos terem chegado num acordo de maneira amigável impede que a esposa saia contando segredos da empresa para a imprensa, que é o que poderia realmente gerar uma crise que deixaria os acionistas preocupados.

Tudo indica que o divórcio deverá ocorrer nas cortes do estado de Washington, que trabalha com o esquema de separação de bens de tudo o que foi conseguido pelo casal após o matrimônio. Assim, isso deverá tornar automaticamente MacKenzie uma das mulheres mais ricas do mundo, já que Jeff Bezos é não apenas o CEO e fundador da Amazon, mas também o maior acionista da empresa — que foi fundada quando ambos já estavam casados, o que deve significar que MacKenzie ficará com metade das ações que pertencem ao ex-marido.

E essa influência da notícia no bem-estar da empresa pode ser vista na flutuação do valor das ações — que pouco oscilaram desde que os dois anunciaram o divórcio, e somam uma alta de 2% desde o início da semana.

Já para Molly Kenny, dona do escritório de advocacia Molly B. Kenny de Bellevue, no estado de Washington, o que deve garantir que o divórcio pouco influencie nas ações da empresa é o tamanho da Amazon. Ela explica que em uma empresa pequena, com algumas dezenas de funcionários, o divórcio de seu CEO costuma afetar de modo direto todos os acionistas e funcionários. Mas, para uma empresa gigantesca feito a Amazon, esse é um fato pouco importante no andamento geral de suas operações.

Já para Michael Pachter, analista da Wedbush Securities, em Los Angeles, o que poderia afetar a Amazon é se o divórcio se tornasse um caso tão complicado a ponto de Bezos ficar impossibilitado de continuar comandando a companhia — mas isso parece bem improvável, devido ao caráter amigável do acerto.

Fonte: Canal Tech
Créditos: Rafael Rodrigues da Silva