UM CONGRESSO QUE VENDE O ELEITOR: São as autoridades, e não o povo, que estão destruindo e perverseando a democracia no país - Por Gilvan Freire

O direito de reeleição, dado primeiramente a Fernando Henrique , antecedido pelos cinco anos dados a Sarney por um Congresso acostumado a vender a alma do eleitor aos governos da republica , especialmente por parte dos congressistas nordestinos ( os maiores vendilhões, numericamente ) aprofundou essa cultura de corrupção endêmica que está fortemente enraizada em todos os níveis de governo, vinda do governo central, passando pelos estados, e espalhando-se como erva daninha por todos os municípios do Brasil . São as autoridades, e não o povo, que estão destruindo e perverseando a democracia no país. E somente se vai resolver no confronto.

GILVAN FREIRE

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VIDENTECEGO – Quando irá terminar este festival de indecências que os administradores públicos fazem mediante o uso das receitas públicas para se favorecerem eleitoralmente, comprando no varejo líderes menores a troco de colocação nos serviços do governo, e adquirindo no atacado os líderes de maior dimensão, quer empregando seus familiares , quer concedendo favores indevidos à custa do Tesouro, ainda não se sabe com clareza, embora haja sinais de intolerância por parte da população, que vem pagando essa conta absurda e criminosa. Mas uma coisa é certa : pelo menos os que estão delinquindo ainda acham que as coisas continuarão por incerto tempo. Não tremem de medo das ruas. São hienas ferozes em cima da carniça.

VIDENTECEGO – A notícia de que, na Paraíba, dos trezentos milhões mensalmente gastos com a folha de pessoal do governo noventa milhões são para pagar os comissionados e os codificados, reflete a manipulação perversa do dinheiro público por parte do governante para atender a seus projetos políticos pessoais. Trata-se de um crime absurdo perpetrado à luz do dia de forma continuado, desmoralizando os órgãos de controle, a Justiça Eleitoral e a população, além da moralidade mínima e a ética pública. Estamos morando numa parte da África tribal.

VIDENTECEGO – Essa falsa democracia em que a gente vive hoje, sem leis severas, sem autoridades conscientes e sem instituições públicas funcionais, está criando uma sociedade de aproveitadores e de donos do Estado. Isso é uma escravização do cidadão, que não tem sequer o direito de saber o que é feito dos recursos destinados às ações do governo instituído pelo voto das maiorias, nem o gestor se sente na obrigação de prestar contas de sua administração. Trata-se de uma ditadura de viés democrático que subjuga o povo e saqueia seus recursos.

VIDENTECEGO – O direito de reeleição, dado primeiramente a Fernando Henrique , antecedido pelos cinco anos dados a Sarney por um Congresso acostumado a vender a alma do eleitor aos governos da republica , especialmente por parte dos congressistas nordestinos ( os maiores vendilhões, numericamente ) aprofundou essa cultura de corrupção endêmica que está fortemente enraizada em todos os níveis de governo, vinda do governo central, passando pelos estados, e espalhando-se como erva daninha por todos os municípios do Brasil . São as autoridades, e não o povo, que estão destruindo e perverseando a democracia no país. E somente se vai resolver no confronto.

VIDENTECEGO – Por conta desses desvios de conduta dos administradores públicos brasileiros, que não se sentem mais obrigados a cumprir nenhum dever institucional e governam através de regras próprias de conduta funcional, e estão livres para escolher o que é bom para a sociedade, conforme seu critério individual de justiça e conveniência, e livres também para escolher o que é melhor para eles mesmos , sem que sejam molestados por nenhum nível de poder ou de ordenamento juridico, é que já chegamos ao fundo do poço – lugar que já fede há tempos. A questão é saber se vamos sair dessa lama agora, através de uma vassourada geral, ou se vamos nos conformar com a sarjeta.