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VEJA VÍDEO: Depois de 'rodar bandeira' autora do impeachment chora durante comissão no Senado

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Autores de denúncia contra a presidente Dilma voltaram a atacar ‘pedaladas fiscais’ e decretos não autorizados; depoimentos foram marcados por tumultos e bate-bocas

Jurista Janaína Paschoal chorou ao justificar denúncia contra a presidente Dilma RousseffJefferson Rudy/Agência Senado – 28.4.16

Jurista Janaína Paschoal chorou ao justificar denúncia contra a presidente Dilma Rousseff

 

A jurista Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, chorou ao defender a denúncia analisada pela Comissão Especial do Impeachment no Senado nesta quinta-feira (28).

“O que eu quero é que os brasileirinhos que estão me ouvindo acreditem que vale a pena lutar por este livro”, disse, emocionada, a jurista ao exibir uma cópia da Constituição Federal, atacando o partido da presidente Dilma logo em seguida. “Livro que o PT não assinou. Por isso que eles falam em golpe, porque nunca acireditaram na Constituição Federal”, atacou Janaína, já com retomando o semblante sério.

Janaína fez questão de explicar que não tem nenhuma ligação com o PSDB, principal legenda da oposição ao governo Dilma, e disse que a denúncia contra a petista é “apartidária”. “Depois [de apresentada a denúncia] os partidos de oposição abraçaram nosso pedido”, disse. “Não quero mais ouvir que sou tucana. Nós apresentamos esse pedido porque eles [tucanos] são uma oposição fraca. Veja bem a minha personalidade e me diga se eu sou tucana.”

A jurista classificou as chamadas “pedaladas fiscais” da gestão Dilma como “o maior crime que já viu”. “Eu advogo no crime há anos e nunca tinha visto algo assim”, comentou.

Jurista Miguel Reale Jr. irritou senadores ao deixar a comissão sem responder a todos
Jefferson Rudy/Agência Senado – 28.04.16
Jurista Miguel Reale Jr. irritou senadores ao deixar a comissão sem responder a todos

Impressão digital
O discurso de Janaína foi antecedido pela fala do jurista Miguel Reale Jr., que alegou que não havia autorização para que a presidente Dilma editasse os decretos de créditos suplementares, conforme apontado na denúncia. “Pode haver autorização legislativa, e se houver, pode-se editar o decreto. Mas não houve. Por que não? Por que realizar decretos passando por cima da Casa Legislativa?”, indagou.

Em defesa da presidente, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) argumentou que havia, sim, autorização para os decretos. “Fica autorizada a abertura de créditos suplementares desde que sejam compatíveis com a meta fiscal. Tem um princípio da anualidade”, argumentou.

Reale rebateu afirmando que a prova de que não havia autorização do Legislativo é a edição dos créditos por decreto pela presidente. “Nunca vi um crime com tanta impressão digital”, afirmou Reale.

Tumulto
Os depoimentos da acusação contra a presidente Dilma nesta quinta-feira ficaram marcados por bate-boca e tumultos.

Os autores do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff tiveram dificuldades para expor seus pontos de vista ao serem interrompidos por diversas oportunidades pelos senadores que compõem o colegiado.

Os tumultos tiveram início assim que Miguel Reale Jr. encerrou seu discurso e anunciou que teria que deixar o Congresso Nacional às 19h desta noite para pegar um voo para São Paulo. A informação irritou senadores governistas que desejavam sabatinar o jurista com mais calma, tentando expor pontos frágeis da denúncia contra Dilma.

Já na vez de Janaína Paschoal fazer seu depoimento, a jurista decidiu passear por episódios de suas experiências anteriores com o governo do PT e acabou irritando os senadores governistas, que criticaram o pedantismo da jurista e tentaram acelerar o depoimento.

Janaína deu continuidade à sua fala mencionando notícias sobre empréstimos do BNDES para Angola, Cuba e Venezuela, sendo novamente interrompida pelos senadores. Os parlamentares alegaram que o tema não estava na denúncia analisada pelo colegiado, portanto seria desnecessário discorrer sobre o assunto.

*Com informações do Estadão Conteúdo e Agência Brasil

Fonte: Estadão