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Ricardo discute repatriação de recursos com governadores nordestinos e defende autonomia nos cortes financeiros

Os gestores falaram ainda sobre a situação fiscal dos estados e o pacto federativo para conter a crise econômica nacional

 

governador-ricardo-coutinhoRicardo Coutinho esteve reunido com os governadores do nordeste nesta sexta-feira (25) no Palácio do Campo das Princesas, em Recife, capital de Pernambuco. O governador paraibano defendeu a autonomia dos estados para realizar os cortes que considerarem necessários frente ao cenário de crise econômica.

Na reunião, os governadores discutiram os repasses provenientes da Lei da Repatriação, a situação fiscal dos estados e o pacto federativo para conter a crise econômica nacional. Apesar de admitir colabora com a União, para Ricardo Coutinho, a Lei da Repatriação não pode ser utilizada como instrumento de negociação porque é um direito dos Estados, os quais já estão adotando medidas para o enfrentamento da situação.

“No nosso entender existe um choque entre o que foi conversado pelos governadores do Brasil com o presidente da República e o que está sendo encaminhado pelo Ministério da Fazenda. É preciso compreender que tem que existir uma limitação nas relações de uma federação, ou seja, os Estados têm autonomia”, alertou o governador.

Embora o Brasil seja um país que centraliza sua organização enquanto Estado Nacional, a prerrogativa das unidades federativas é de gestão própria. “Não vamos aceitar abrir mão disso para que uma instância federal possa dizer o que vamos cortar, a discussão não é essa. Os Estados do Nordeste já vêm fazendo corte de gastos, não se pode tratar o Brasil de uma mesma forma, padronizar as medidas”, observou.

Ricardo ainda enfatizou que os governadores do Nordeste já estão contribuindo com a redução dos gastos em seus estados e querem criar estabilidade para o país. “Queremos ajudar o país, mas os Estados também querem respeito à sua autonomia e no meio disso está um direito nosso, que é a liberação da partilha da multa da repatriação. Isso não pode ser contestado porque é um direito dos Estados. É isso, e outros pontos, que vamos aprofundar aqui e ver qual a forma que iremos conversar, posteriormente, com o presidente da República”, frisou.

Fonte: Click PB