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Ricardo Coutinho defende criação de Ministério da Segurança: 'só espero que isso não seja apenas um papel assinado'

O Ministério vem sendo uma bandeira defendida pelo governador Ricardo Coutinho desde 2011, em função da crise na segurança pública em todo o país

O governador Ricardo Coutinho (PSB) comentou a pretensão do governo federal de criar o Ministério da Segurança Pública e disse que o Brasil precisa de uma política nacional para combater a violência. O Ministério vem sendo uma bandeira defendida pelo governador Ricardo Coutinho desde 2011, em função da crise na segurança pública em todo o país.

“O Brasil não pode ser visto como capitanias separadas entre si, onde cada um que tocasse um problema que é nacional. O tráfico de drogas que é a grande razão de toda a violência é nacional e é internacional. O Brasil não produz um pé de coca, tudo é produzido lá fora, e é isso que entra para fazer fortunas nesse país e para semear o pânico e a desgraça, principalmente no meio dos mais pobres, da população predominantemente negra e jovem”, disse Ricardo, nesta sexta-feira (16), em entrevista na Granja do Governador, em João Pessoa.

De acordo com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), ainda não há uma definição do presidente Michel Temer sobre a criação do ministério. Mas ele ressaltou que o governo está analisando com “muita atenção e foco” a situação da segurança no Brasil, considerada por ele um “drama emergencial” das cidades brasileiras.

O tema segurança pública foi um dos temas principais tratados pelo governador Ricardo Coutinho durante o discurso de abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa da Paraíba, ontem. A Paraíba é o único estado que vem reduzindo o número de homicídios no país.

“Eu não defendo que a União seja responsável por colocar o policial, não é isso, eu defendo são polícias com inteligência disponíveis”, explicou Ricardo, sugerindo a criação de instrumentos necessários para prevenção e repressão qualificada e intercâmbio entre os estados, com políticas articuladas e alguém com status para comandar o processo, porque para Ricardo, a segurança tem que envolver não só a repressão, a questão dos presídios, mas a prevenção, sobretudo priorizar a educação.

“Acontece que para as políticas articuladas, você precisa de alguém com status para comandar, e no meu entender, esse status é exatamente Ministério da Segurança Pública, que deve incluir, também, a questão dos presídios. Eu só espero que isso não seja apenas um papel assinado, porque até hoje nós estamos esperando providências concretas em relação à segurança, das responsabilidades que são nacionais”, disse Ricardo.

Fonte: Click PB
Créditos: Click PB