Sem manobras

Raimundo Lira diz que PMDB não vai participar de manobras para deixar votação secreta no caso Aécio

Aécio foi afastado do mandato parlamentar por determinação da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)

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O senador paraibano líder do PMDB, Raimundo Lira, afirmou que o partido não irá participar de manobras para que a votação na análise da ordem de afastamento do mandato e recolhimento noturno imposta ao senador Aécio Neves (PSDB) seja secreta. Em entrevista ao grupo Globo nesta sexta-feira (13), Lira ressaltou o posicionamento do partido.

“O artigo 291 do regimento aprovado em 1970 definia que é secreta, mas a Constituição de 1988 foi muito clara: votação secreta exclusivamente para escolha de autoridades, portanto, eu entendo que essa questão é totalmente superada. Será aberta”, disse. Estima-se que uma votação fechada do caso de Aécio Neves poderia favorecer o parlamentar.

Aécio foi afastado do mandato parlamentar por determinação da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Com base nas delações de executivos da J&F, o senador afastado é acusado pela PGR de ter cometido os crimes de obstrução de Justiça e corrupção passiva. Aécio, porém, nega as acusações e se diz “vítima de armação”.

O STF decidiu nesta semana que medidas cautelares que afetem o exercício do mandato de parlamentares deve passar por análise da Câmara e do Senado. A votação do caso de Aécio está marcada para terça-feira (17).

Para que as restrições sejam derrubadas, é preciso que a maioria absoluta do plenário, pelo menos 41 senadores, vote contra a decisão da Primeira Turma.

Fonte: Assessoria