DENÚNCIA ACEITA

QUADRILHÃO DO MDB: Amigos de Temer viram réus em processo por organização criminosa

Eles são acusados de integrar o chamado 'quadrilhão do MDB'. Lima disse que só irá se pronunciar após ter acesso à denúncia. TV Globo não conseguiu contato com Yunes

O juiz federal Marcus Vinicius Reis, da 12ª Vara da Justiça Federal em Brasília, aceitou nesta segunda-feira (10) denúncia por organização criminosa contra o advogado José Yunes, ex-assessor da Presidência, e o coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho, amigos do presidente Michel Temer.

Os dois foram acusados de integrar um grupo de integrantes do MDB que, segundo o Ministério Público Federal, formou um núcleo político para cometer crimes contra empresas e órgãos públicos. A suposta organização criminosa ficou conhecida como “quadrilhão do MDB”.

A defesa de João Baptista Lima Filho informou que só irá se manifestar após ter acesso ao inteiro teor da denúncia.

O presidente Michel Temer não quis comentar.

A reportagem não conseguiu contato com José Yunes.

A denúncia contra o “quadrilhão do MDB” foi originalmente apresentada em setembro do ano passado pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF).

À época, foram denunciados o presidente Temer, os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco e os ex-deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ), Henrique Eduardo Alves (MDB-RN), Geddel Vieira Lima (MDB-BA) e Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), todos presos pela Polícia Federal.

Nos casos de Temer, Padilha e Moreira Franco, que têm foro privilegiado devido à condição de presidente e ministros, o caso ficou no STF, mas o processo está suspenso porque a Câmara dos Deputados não deu autorização para que tivesse continuidade.

Já os casos dos demais denunciados, que não têm foro, tramitam na primeira instância da Justiça Federal.

Inicialmente, os nomes de José Yunes, coronel Lima e do doleiro Lúcio Funaro não constavam da denúncia. Eles foram incluídos no rol de denunciados no dia 21 de fevereiro deste ano, por meio de um aditamento feito pelo MPF.

Fonte: G1
Créditos: G1