resolução partidária

PSB veta apoio a Ciro Gomes, que só tem o voto do governador de Brasília

Partido se dividiu entre Ciro e a neutralidade

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) aprovou resolução pela neutralidade nas eleições presidenciais. A decisão foi formalizada neste domingo (5.ago.2018) na convenção nacional do partido realizada em Brasília. No entanto, o presidente da sigla, Carlos Siqueira, declarou que a sigla terá uma posição. “Não significa neutralidade, pois isso não existe nas pessoas e muito menos nos partidos políticos”. Participaram da votação cerca de 350 delegados do partido.

Entre os líderes pessebistas que assinaram a resolução estão os governadores de São Paulo, Márcio França, de Pernambuco, Paulo Câmara, e da Paraíba, Ricardo Coutinho, além da senadora Lídice da Mata (BA).

O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, foi o único a votar a favor da aliança com o pedetista.  Antes da aprovação da resolução, Rollemberg chegou a ler 1 recurso para que o partido apoiasse a candidatura de Ciro Gomes (PDT).

“Nós do Distrito Federal, apresentamos essa proposta, com todo respeito ao documento assinado por essas lideranças que tenho a maior consideração. A posição do DF é de ter candidatura própria e apoiar alguém do campo progressista, que é Ciro Gomes.”

ARTICULAÇÃO DO PT PARA ISOLAR CIRO
A Executiva Nacional do PT anunciou na 4ª feira (1º.ago.2018) que a vereadora Marília Arraes (PT) não seria candidata ao governo de Pernambuco. Dessa forma, o PT declarou apoio à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB-PE) e pediu como contrapartida a neutralidade do PSB na disputa presidencial.

PLANO ERA JOAQUIM BARBOSA
Carlos Siqueira explicou que sua vontade era pela candidatura própria com o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa (PSB). Como Barbosa decidiu não ser candidato, o presidente do PSB declarou que seu 2º plano era apoiar 1 candidato do campo progressista. No entanto, como o PT decidiu lançar Luiz Inácio Lula da Silva candidato e o PDT optou por formalizar Ciro Gomes (PDT), a esquerda não conseguiu unidade.

O documento aprovado pelo diretório nacional pessebista explica como motivos pela liberação das coligações o fato da esquerda não ter se unido em torno de uma candidatura. A decisão pela neutralidade foi tomada em decorrência de 1 acordo costurado pelo diretório nacional do PT .

A legenda se dividia entre se aliar com Ciro Gomes (PDT) ou liberar seus filiados para apoiarem candidaturas identificadas com os ideais progressistas do partido. O único veto recomendado pelo diretório nacional é sobre o nome de Jair Bolsonaro (PSL).

“O campo progressista, até hoje, último dia para realização de convenções partidárias, encontrava-se inteiramente dividido, enquanto a centro-direita se unia para em torno da candidatura do Ex-Gov. Geraldo Alckmin do PSDB e a ultradireita representada pelo deputado Jair Bolsonaro se consolida, mesmo isolada partidariamente.”

Apoiadores de uma coligação com Ciro em diversos momentos gritaram palavras de protesto contra a resolução aprovada.

Militantes de Minas Gerais também se rebelaram, eles exigiam a candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB). O mineiro não pôde se candidatar porque o PSB decidiu por fazer parte da coligação do governador Fernando Pimentel (PT).

Fonte: Poder 360
Créditos: Poder 360