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Protocolado pedido de impeachment de Temer por movimentos sociais, juristas e parlamentares

Representantes de vários movimentos sociais, juristas e parlamentares protocolaram na manhã desta quinta-feira pedido de impeachment do presidente da República, Michel Temer, no gabinete da presidência da Câmara. Apesar de previsto na sua agenda oficial, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não recebeu o grupo. Sua assessoria informou que ele recebeu um chamado urgente de Temer e estava, naquele momento, em reunião no Palácio do Planalto. Depois de algum tempo de espera, o pedido foi entregue, então, ao secretário-geral da Mesa, Wagner Soares Padilha, que é um servidor da Câmara.

Evento estava na pauta oficial de presidente, que recebeu chamado urgente do presidente da República no Planalto

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Com a ausência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, movimentos sociais e parlamentares entregam pedido de impeachment de Temer ao secretário-geral da Mesa, Wagner Soares Padilha. – Givaldo Barbosa / O Globo

BRASÍLIA – Representantes de vários movimentos sociais, juristas e parlamentares protocolaram na manhã desta quinta-feira pedido de impeachment do presidente da República, Michel Temer, no gabinete da presidência da Câmara. Apesar de previsto na sua agenda oficial, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não recebeu o grupo. Sua assessoria informou que ele recebeu um chamado urgente de Temer e estava, naquele momento, em reunião no Palácio do Planalto. Depois de algum tempo de espera, o pedido foi entregue, então, ao secretário-geral da Mesa, Wagner Soares Padilha, que é um servidor da Câmara.

A denúncia é assinada apenas por movimentos sociais, como Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e também por entidades representantes de negros e indígenas.

A acusação é que Temer teria cometido crime de responsabilidade por supostamente ter atuado em favor de um interesse particular de seu ex-ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo. O caso trata da licença que o ex-ministro buscava no Iphan, órgão ligado ao Ministério da Cultura, para a construção de um empreendimento imobiliário na orla de Salvador (BA), onde Geddel comprou uma unidade. O episódio levou à saída do ministro do governo.

Os autores do pedido sentaram-se na mesa de reunião de Maia, cuja cadeira, no extremo, ficou vazia. Sua ausência foi criticada por deputados, senadores e lideres de movimento presentes. Estavam presentes parlamentares da oposição, todos do PT e PCdoB. Eles usaram a palavra e gritaram palavras de ordem como “Fora Temer e diretas já”.

— Essa cadeira vazia do presidente tem um significado. E cada um interprete como desejar. Lamentamos a ausência não só do presidente como de qualquer outro membro da Mesa Diretora da Câmara — disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da Minoria na Câmara.

 

 

Fonte: globo.com
Créditos: POR EVANDRO ÉBOLI