julgamento

Promotora de justiça suspeita de comprar votos oferecendo 'dinheiro e cachaça' será julgada, na PB

A ocasião pode direcionar o recebimento ou não da denúncia coordenada pelo Procurador Regional Eleitoral

Com julgamento marcado para esta quinta-feira (1º), Ismânia do Nascimento Rodrigues Pessoa da Nóbrega, promotora de justiça e filha de Eunice Pessoa (PSB), atual prefeita da cidade de Mamanguape, no Litoral Norte paraibano terá seu futuro nas mãos do pleno no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB). Ismânia é suspeita de corrupção eleitoral, devido a suposta compra de votos nas eleições de 2016.

A ocasião pode direcionar o recebimento ou não da denúncia coordenada pelo Procurador Regional Eleitoral. O juiz Breno César Wanderley, do TRE-PB, deve assumir a gerência do processo.

Além de Ismânia, José Marcos Côrte Nóbrega (marido) e Moacyr Emilton de Figueiredo Cartaxo (empresário) serão julgados. Se acatada, a denúncia se transformará em ação penal após recebimento da Justiça Eleitoral.

Comentou

Esta semana, em sessão na Câmara dos Deputados, o parlamentar paraibano Pedro Cunha Lima (PSDB) falou sobre o assunto. “Quinta-feira desta semana, o TRE na Paraíba vai jugar um caso que envolve compra de voto por parte de uma promotora de justiça, membra do Ministério Público. Existe gravação, a compra de voto foi oferecendo o valor de R$ 5 mil reais a cada vereador”, disse.

A prefeita Eunice venceu a eleição, é mãe da promotora, foi cassada em primeira instância, e agora o TRE da Paraíba vai julgar este caso. A gente fica na esperança de uma nova democracia que está surgindo em nosso país que não seja limitada por julgamentos desta relevância”, completou.

A denúncia

Protocolada no dia 8 de março de 2017, a denúncia cita um áudio em que Ismânia é flagrada na tentativa de comprar vereadores da oposição. O suposto objetivo da negociação era de conquistar apoios à candidatura de Maria Eunice e Baby Helenita (PRTB). De acordo com a denúncia, o valor de R$ 5 mil foi oferecido aos representantes além de benefícios como ‘empregos, combustível e cachaça’.

Ismânia chegou a ser afastada do cargo. A decisão foi do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Entretanto, em outubro, o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a decisão. Agora, Ismânia só pode ser afastada em definitivo após julgamento da ação.

Fonte: T5
Créditos: T5