debilitado?

Plenário do STF decide hoje se mantém prisão domiciliar de Paulo Maluf

Em abril, ministro Dias Toffoli concedeu liminar (decisão provisória) que permitiu ao deputado cumprir em casa, em São Paulo, a pena 7 anos e 9 meses de prisão por lavagem de dinheiro

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir nesta quarta-feira (18) se mantém ou não a prisão domiciliar concedida no início de abril pelo ministro Dias Toffoli ao deputado afastado Paulo Maluf (PP-SP) e se dá à defesa o direito de apresentar um novo recurso contra a condenação imposta ao parlamentar.

Maluf foi condenado em maio do ano passado pelo STF por lavagem de dinheiro e teve um primeiro recurso rejeitado em outubro pela Primeira Turma da Corte.

Em dezembro, o ministro Edson Fachin, relator do processo, rejeitou um segundo recurso contra a condenação e mandou executar a pena de 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão.

O deputado começou a cumprir pena no Presídio da Papuda, em Brasília, mas no último dia 5 de abril, obteve uma decisão liminar (provisória) permitindo que ficasse em casa, em razão do estado grave de saúde, segundo os advogados.

Ele chegou a ser internado em Brasília na madrugada anterior a decisão e depois foi para São Paulo. Maluf está internado desde o dia 6, no Hospital Sirio-Libanês, na região central de São Paulo. No último boletim médico divulgado pelo hospital na sexta-feira (13), os exames mostraram ‘múltiplas metástases’ ósseas.

Dias Toffoli concedeu a prisão domiciliar por causa de idade de Maluf (86 anos) e por ver “demonstração suficiente, em exame preliminar, de que ele sofria de graves problemas relacionados à sua saúde”, com “graves patologias que lhe acometem”.

No processo, a defesa apontou câncer de próstata, hérnia de disco, problemas cardíacos e diabetes.

Além da prisão domiciliar, os ministros vão analisar se a defesa tinha direito de apresentar mais um recurso – se o pedido for aceito, o deputado poderá recorrer em liberdade, sem necessidade de ficar recolhido em casa.

Cronologia
Veja abaixo uma cronologia dos principais fatos desde a condenação de Maluf no STF:

23 de maio de 2017 – STF condena Paulo Maluf por lavagem de dinheiro e determina perda do mandato
10 de outubro de 2017 – STF rejeita primeiro recurso contra condenação e mantém condenação de Maluf por lavagem de dinheiro

19 de dezembro de 2017 – Edson Fachin rejeita segundo recurso contra condenação e determina que Paulo Maluf comece a cumprir pena de mais de 7 anos de prisão

21 de dezembro de 2017 – Cármen Lúcia rejeita pedido para suspender prisão de Paulo Maluf

21 de dezembro de 2017 – Advogado que não integra a defesa de Paulo Maluf apresenta habeas corpus pedindo liberdade com base na prescrição dos crimes e ação é sorteada para relatoria de Dias Toffoli excluindo Edson Fachin do sorteio, com base na seguinte regra do Regimento Interno.

1º de fevereiro de 2018 – Defesa de Paulo Maluf apresenta habeas corpus para obter prisão domiciliar e processo é encaminhado para ministro Dias Toffoli por prevenção – como ele já era relator de um HC anterior, a defesa pediu que o novo pedido, oficial, fosse também encaminhado a Toffoli.

5 de abril de 2018 – Dias Toffoli determina que Maluf cumpra prisão domiciliar em São Paulo.

Fonte: G1
Créditos: Renan Ramalho