O TCU e as contas de Dilma: medo da rejeição

O discurso de vários ministros passou a ser que o tribunal não tem poder de rejeitar as contas, mas apenas fazer uma "recomendação". A decisão, dizem auxiliares da presidente, cabe ao Congresso. Enquanto isso, Dilma pediu empenho de ministros e líderes para explicar o provável veto à mudança no fator previdenciário. Cobrou um discurso homogêneo para rebater o bombardeio das centrais sindicais e da oposição.

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O vazamento do relatório técnico do TCU (Tribunal de Contas da União) apontando que o governo omitiu R$ 37,1 bilhões em atrasos de repasses do Tesouro em 2014 deixou o governo pessimista quanto ao resultado do julgamento das contas de Dilma Rousseff, que acontece nesta quarta-feira.

O discurso de vários ministros passou a ser que o tribunal não tem poder de rejeitar as contas, mas apenas fazer uma “recomendação”. A decisão, dizem auxiliares da presidente, cabe ao Congresso.

Enquanto isso, Dilma pediu empenho de ministros e líderes para explicar o provável veto à mudança no fator previdenciário. Cobrou um discurso homogêneo para rebater o bombardeio das centrais sindicais e da oposição.

A equipe econômica argumenta que a projeção de rombo nas contas pela mudança do fator previdenciário daria sinal negativo ao mercado em meio ao ajuste fiscal. (Vera Magalhães – Folha de S.Paulo)