competitividade que a Paraíba tem

O EXEMPLO DA PARAÍBA: No Nordeste a Paraíba passou a ser o Estado com a melhor avaliação - Por Nonato Guedes

A análise mostra que mesmo em tempos de aperto financeiro os governadores de Estados pequenos conseguiram avanços em indicadores sociais e econômicos importantes. “Crise, como se sabe, não é desculpa para fracasso de gestão”, conclui a “Veja”.

“Veja” e PSB nacional destacam competitividade que a Paraíba tem

Sob o título “A crise não é desculpa”, a revista “Veja” enaltece alguns Estados que conseguem melhorar seus indicadores de educação, segurança e solidez fiscal, entre eles a Paraíba, apesar do aperto financeiro que está sendo imposto. A publicação ressalta que no Nordeste a Paraíba passou a ser o Estado com a melhor avaliação, em razão de avanços na educação e segurança pública. O governador Ricardo Coutinho (PSB), que está no segundo mandato, foi destacado no portal nacional do Partido Socialista Brasileiro por seu empenho para tornar a Paraíba competitiva.

As análises tomam como base o Ranking de Competitividade dos Estados neste ano. Entre os oito Estados que mais ganharam ou perderam posições, todos registraram mudanças significativas e, para melhor, em pelo uma das áreas pesquisadas – a maioria avançou em solidez fiscal e segurança. O levantamento foi realizado pelo Centro de Liderança Pública em parceria com a Economist Intelligence Unit, a divisão de pesquisas e análises do grupo que edita a revista inglesa “The Economist”. Sessenta e seis indicadores entram na ponderação dos resultados, divididos em dez pilares: infraestrutura, educação, sustentabilidade social, segurança pública, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação.

Rondônia, que se situa na região Norte, é descrita como uma das boas surpresas do estudo. Além de ser um dos Estados menos competitivos na disputa pela atração de investimentos, apresentava deficiências no saneamento básico e nos transportes. Os índices de criminalidade preocupavam e a qualidade do ensino ficava abaixo da média nacional. Em 2016, o Estado foi o pioneiro em fazer uma parceria com o governo federal com o objetivo de estabelecer um plano de desenvolvimento sustentável. Os bons resultados começaram a aparecer, nota Giovanni Magliano, que assina matéria acerca do assunto na revista “Veja”. Rondônia ganhou cinco posições na nova edição do ranking, graças principalmente a avanços em infraestrutura e segurança.

O Amapá tombou – O vizinho Estado do Acre foi outro destaque positivo, subindo da vigésima quinta para a décima nona posição, sobretudo por causa da melhora em segurança e na solidez das finanças públicas. Na mesma região Norte está o Estado que mais regrediu. O Amapá tombou dez posições no ranking, devido à piora em segurança pública, solidez fiscal e capital humano. Santa Catarina, que neste ano ultrapassou o Paraná e ficou em segundo lugar no ranking, exibiu melhoras em infraestrutura e segurança, itens em que o Paraná piorou. O governo catarinense contratou mais de 1 000 policiais e investiu em tecnologias voltadas para o combate ao crime. Houve progresso também na estabilidade das finanças públicas.

Nesse aspecto – alerta “Veja” – os maiores Estados brasileiros foram os que se saíram pior. São Paulo, por exemplo, ficou entre os cinco primeiros colocados em todos os pilares – menos no da solidez fiscal (vigésimo primeiro lugar). Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul apareceram nas três últimas colocações no mesmo quesito. O quadro reflete, basicamente, o excesso de gastos públicos e as dívidas elevadas. “É uma situação que restringe o potencial da economia, já que sugere a necessidade de cortes de investimentos”, afirma Fabio Klein, da Tendências. A análise mostra que mesmo em tempos de aperto financeiro os governadores de Estados pequenos conseguiram avanços em indicadores sociais e econômicos importantes. “Crise, como se sabe, não é desculpa para fracasso de gestão”, conclui a “Veja”.

Nonato Guedes

Fonte: OSGUEDES
Créditos: NONATO GUEDES