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NOVA DELAÇÃO: ELE CITA FHC, NARDES, IRMÃ DE AÉCIO E ATÉ O ITAÚ

O ex-deputado Pedro Corrêa, do PP, fez delação premiada que cita vários personagens da oposição; ele menciona, por exemplo, que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

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Personagem com mais de 40 anos de vida parlamentar,comprou a emenda da reeleição com apoio do banqueiro Olavo Setúbal, do Itaú, já falecido; em outro ponto, Corrêa menciona que Andréa Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), é uma das operadoras financeiras dos tucanos; ele disse ainda que Augusto Nardes, ministro do TCU responsável pelo parecer das chamadas “pedaladas fiscais”, também recebia mesada; seus depoimentos ainda não foram homologados pelo Supremo Tribunal Federal
Uma reportagem da jornalista Bela Megale, publicada nesta sexta-feira, traz trechos da delação premiada que vem sendo negociada pelo ex-deputado Pedro Corrêa, personagem com mais de 40 anos de vida parlamentar.

Se vier a ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal, ela trará muitos transtornos à oposição. Segundo Corrêa, o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, recebia mesada de José Janene, ex-deputado do PP. Nardes, responsável pelo famoso parecer das “pedaladas fiscais”, no qual se ancora o impeachment, também foi deputado pelo PP.

“Corrêa lembra que, quando Nardes foi nomeado ministro do TCU, em 2005, foi destruído um recibo que comprovava o pagamento da propina. Era, segundo Corrêa, um recibo de valor ‘baixo’, algo entre R$ 10 mil e R$ 20 mil”, diz Bela Megale.

Corrêa também mencionou a irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG). “O pernambucano também apresentou uma lista de operadores de propina e incluiu o nome de Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e uma de suas principais assessoras, como a responsável por conduzir movimentações financeiras ligadas ao tucano”, informa a jornalista.

Em outro trecho espinhoso para a oposição, ele menciona que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comprou a emenda da reeleição, com o apoio de pesos-pesados do PIB nacional, como o banqueiro Olavo Setúbal, já falecido, ex-dono do Itaú.

“Olavo Setubal dava bilhetes a parlamentares que acabavam de votar, para que se encaminhassem a um doleiro em Brasília e recebessem propinas em dólares americanos”, diz o anexo da delação.

Segundo a reportagem, os fatos narrados por Corrêa são vistos como “uma crônica política” que ajudará a completar lacunas de outras colaborações.

Fonte: BR247
Créditos: Bela Megale