moro amigo

Moro defende Onyx, acusado de caixa 2: 'Ele tem a minha confiança pessoal'

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, se esquivou de mais uma polêmica envolvendo o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, se esquivou de mais uma polêmica envolvendo o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM). Questionado sobre a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), em abrir processo  para apurar um suposto pagamento de caixa dois ao coordenador do governo de transição, o juiz exonerado saiu em defesa do colega nesta terça-feira (4/12).

O projeto de 10 medidas contra a corrupção, gestado pelo Ministério Público Federal (MPF) e apresentado ao Congresso Nacional teve apoio de Lorenzoni, destacou Moro. “Assisti de perto o grande esforço que realizou para a aprovação. Ocasião pela qual foi abandonado pela grande maioria de seus pares, por razões que não vêm aqui ao caso, e demonstrou naquela oportunidade o comprometimento pessoal para a causa anticorrupção. Então, ele tem a minha confiança pessoal”, destacou. O futuro chefe da Casa Civil será investigado por suspeita de ter recebido R$ 100 mil em caixa 2.

A definição sobre que competências do atual Ministério do Trabalho a pasta de Moro assumirá não foi confirmada. O futuro ministro admitiu há uma intenção do governo eleito de encaminhar para ele as atribuições de registro sindical, área alvo de suspeitas de corrupção. Declarou, no entanto, que ainda não há nada definido. “Há uma intenção, mas não é algo que está totalmente delimitado. Se for transferido, será bem cuidado declarou.

Antigo responsável pelas ações da Operação Lava Jato e autor da sentença de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em primeira instância, Moro evitou comentar o julgamento do pedido de Habeas Corpus do petista, que começa a ser julgado nesta terça no STF. “Isso faz parte do meu passado e não tenho nenhum comentário a fazer a esse respeito”, declarou.

Fonte: Correio Braziliense
Créditos: Correio Braziliense