culto ecumênico

'LIMPEZA': Deputada faz culto interreligioso em gabinete para 'exorcizar' Lula

Ao final do culto, a deputada disse que colocou na porta do gabinete uma mezuzah, símbolo judaico que busca lembrar o homem da unicidade de Deus.

No primeiro dia como parlamentar, a deputada federal JoiceHasselmann (PSL-SP) promoveu um culto religioso em seu gabinete na Câmara, na manhã desta segunda (4), para “exorcizar” o ex-presidente Lula.

A parlamentar ficou com o gabinete 825 do Anexo 4 da Câmara, o mesmo usado pelo petista quando foi deputado constituinte, entre fevereiro de 1987 e janeiro de 1991.

“Tudo o que eu não quero é ranço desse passado em meu gabinete”, afirmou Hasselmann, que disse não ter escolhido a sala propositalmente —por ser mulher, as regras da Câmara permitem que a deputada possa indicar dez locais de sua preferência, e ela ficou com o 825 por sorteio.

O culto ecumênico foi transmitido pelo canal que a deputada mantém no YouTube. Para a cerimônia ela chamou uma pastora da Igreja Batista e um rabino de Brasília – ela afirmou no vídeo que cresceu na Igreja Batista e que “se descobriu judia” há dois anos.

Também participaram da celebração promovida por Hasselmann os deputados Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) e Professora Dayane Pimentel (PSL-BA), ambos representantes da bancada evangélica.

Hasselmann já tinha adiantado que promoveria o culto em dezembro, quando aconteceu a distribuição de gabinetes entre os deputados eleitos.

“Vou fazer um culto ecumênico no gabinete para limpar todo resíduo que possa ter ficado daquele crápula”, declarou.

Ao final do culto, a deputada disse que colocou na porta do gabinete uma mezuzah, símbolo judaico que busca lembrar o homem da unicidade de Deus.

“Todo cuidado com forças ocultas é pouco. Lula já ocupou o gabinete que agora é meu”, escreveu a deputada em rede social.

Embora Hasselmann tenha chamado o evento de culto ecumênico, o termo se aplica apenas para celebrações entre igrejas cristãs —quando envolvem outras religiões, trata-se de culto interreligioso.

 

Fonte: UOL
Créditos: UOL