homicídios caiu

Faltando 11 meses para a eleição oposição quer pautar a "violência" como foi em 2010/2014 - Por Lena Guimarães

E como já estamos no ano eleitoral – faltam 11 meses e 18 dias para a eleição de presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual – esse debate, que já foi intenso em 2010 e 2014, volta com força e vai influir nos votos de 2018.


Sempre que ocorre um pico de violência na Paraíba, um vídeo da campanha de 2010 volta a circular nas redes sociais. O protagonista é Ricardo Coutinho prometendo, no guia eleitoral, que se fosse o escolhido para o Palácio da Redenção, reduziria a violência no prazo de seis meses.

A fala de Ricardo está novamente em alta por conta da onda de criminalidade em Campina, que unificou discursos dos setores econômico e político, que cobram ação do Estado na cidade onde comerciantes estão colocando barreiras em frente as lojas para dificultar ação de criminosos que usam carros para derrubar portas e vitrines, e acessar seus estoques, enquanto cidadãos também são vítimas em casa e nas ruas.

Quem primeiro cobrou providências foi a CDL, que em nota comentou o desafio dos comerciantes, que além da preocupação com diferenciais competitivos para os clientes, têm que enfrentar uma ameaça constante, que não é a crise econômica, mas a criminalidade.

A Associação Comercial foi no mesmo tom e falou do alto custo com segurança privada interna, a que estão obrigados a recorrer para manter as portas abertas. Inclue câmeras, alarmes e até segurança armada.

O deputado Tovar Correia Lima fez uma cobrança pública ao Governo do Estado, endossada por outros políticos campinenses. O vereador Marcos Melo (PSDC) decidiu ser mais efetivo: anunciou pedido de tropas federais e uma mobilização junto a bancada federal para que atue junto ao Ministério da Justiça e garanta presença de uma força que iniba os bandidos.

O vereador sabe que só o Estado pode pedir força federal, mas como não viu outra saída, recorreu ao extremo para chamar atenção das autoridades responsáveis pela segurança pública para o que acontece na sua cidade.

A mobilização coloca Campina em evidência, mas a percepção de crescimento da violência não é exclusiva. O governo diz que o número de homicídios caiu, contudo, a existências de grupos em redes sociais como “Fui assaltado”, e os relatos, mostram cidadãos cada vez mais indignados.

E como já estamos no ano eleitoral – faltam 11 meses e 18 dias para a eleição de presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual – esse debate, que já foi intenso em 2010 e 2014, volta com força e vai influir nos votos de 2018.

Fonte: http://correiodaparaiba.com.br/colunas/a-violencia-e-os-votos/
Créditos: Lena Guimarães