Análise

Especialistas avaliam o saldo do impeachment um ano após sua realização

Nesta quarta feira os advogados Rui Galdino, João Ramalho e Domicia Pessoa se juntaram ao deputado estadual, Anízio Maia(PT), em uma mesa redonda para debater como está o país um anos após a concretização do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Nesta quarta feira os advogados Rui Galdino, João Ramalho e Domicia Pessoa se juntaram ao deputado estadual, Anízio Maia(PT), em uma mesa redonda para debater como está o país um anos após a concretização do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Rui Galdino iniciou o debate relembrando alguns fatos não diretamente ligados, mas relacionados ao impedimento da ex-presidente. Galdino nos lembrou de que esse é o segundo caso do tipo num curto período de tempo, após a redemocratização. E definiu o presidencialismo como um modelo ainda muito frágil na nossa nação.

Ele seguiu com seu pensamento usando como exemplo que todos os ex-presidentes durante o período de democracia moderna do país receberam mais de um pedido de impeachment. E a única coisa que difere Dilma Rousseff e Fenando Collor daqueles que concluíram seus mandatos é que o segundo grupo é composto por presidentes que à sua maneira conseguiam manter o apoio do congresso.

A advogada Domicia Pessoa falou seguida concordando que a democracia no Brasil ainda é bastante frágil e que falta ao povo o sentimento de que a democracia é uma conquista popular. A advogada defendeu uma visão de que o impedimento da ex-presidente teria sido antes de tudo um golpe orquestrado por aqueles que hoje se encontram no poder em Brasília.

Em tom de contraponto o advogado e sindicalista João Ramalho afirmou que no Brasil apenas teriam havido dois golpes claros e indiscutíveis durante toda a história do país: a ascensão de Getúlio Vargas ao poder e a destituição e tomada do poder pelos militares em 1964. Mais agressivo em seu discurso Anízio Maia definiu o atual governo como golpista e ao próprio presidente Michel Temer(PMDB) como mentiroso e sem classe.

Rui Galdino em seguida voltou a debater sobre a fragilidade do atual modelo de governo do nosso país onde disse que atualmente quem comanda o país é o congresso. “Quem tem que mandar no país é o congresso, se quem mandar for o presidente virará uma ditadura populista como em Cuba e na Venezuela”, afirmou João Ramalho.

Fonte: Polêmica Paraíba