Especialista diz que lei da terceirização deveria estar acompanhada de uma série de outras reformas

O procurador do Ministério Público do Trabalho, Carlos Eduardo de Azevedo, o presidente da Central Única dos Trabalhadores na Paraíba, Paulo Marcelo, e o advogado trabalhista Rodrigo Dalbone debateram a proposta de terceirização aprovado na Câmara dos Deputados na semana passada e aguarda a sanção do presidente Michel Temer.

Em mesa redonda realizada no programa Master News, da TV Master, na noite desta terça-feira, 28, os três convidados falaram sobre vários aspectos do projeto que vai mudar a vida dos brasileiros, sobretudo dos que trabalham no setor privado.

Para Paulo Marcelo, a instabilidade é muito grande com a terceirização, “a precarização é tão grande, que vamos ter filas de pessoas se acidentando e até morrendo e não terão auxílio porque serão funcionários de empresas que não funcionam na prática, só tem o CNPJ, não tem sequer uma sala, estamos apavorados com a situação”, disse.

Rodrigo Dalbone falou sobre a falta de garantias para os trabalhadores, “temos que prestar atenção que uma mudança como a que virá com a terceirização deveria vir com outras reformas, o que necessitamos hoje são questões vinculadas a gestão governamental e não nas leis, o problema do Brasil não está vindo do campo produtivo, mas dos encargos que encarecem o produto porque os custos da produção são muito altos”, disse.

Já o procurador Carlos Eduardo destacou que a lei não regulamenta a terceirização, em vez disso, abre espaço para ampliação da terceirização pelas empresas brasileiras.
Créditos: Polêmica Paraíba