Vital é acusado, também, de ter recebido dinheiro de empreiteiras cujos donos temiam ser convocados para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, comandada, na época, por Vital do Rêgo Filho. Por conta disso, ele teve inquérito autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na delação de Saud, ele informou ter pago, em 2014, R$ 15 milhões da J&F, referente ao saldo do PT com a companhia, para o presidente Michel Temer (PMDB). Parte do montante, seria destinado a Paulo Skaf, então candidato ao governo de São Paulo, e a Eduardo Cunha, que disputou a reeleição para a Câmara dos Deputados.
Dos R$ 35 milhões destinados aos senadores, R$ 2 milhões foram para Valdir Raupp, R$ 8 milhões para Renan Calheiros, R$ 8 milhões para Eduardo Braga, R$ 8 milhões para Vital do Rêgo, R$ 8 milhões para Jader Barbalho e R$ 1 milhão para o PMDB do Tocantins. No entanto, quando Joesley expôs a Temer o pedido de Mantega, este reagiu “contrariado” e pediu que os pagamentos fossem suspensos enquanto ele “reassumiria o PMDB”, “o que de fato ocorreu.”