Crise do governo Dilma deve prejudicar pagamento do 13º salário de estados e municípios

Em artigo para a Folha, doutor em economia mostra como os desfeitos da Presidência da República geraram uma terrível reação em cadeia nas contas públicas.

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Simplesmente porque os demais administradores do Brasil seguiram o exemplo que veio de cima e também gastaram mundos e fundos visando reeleições em 2014. É a conclusão de Adolfo Sachsida, doutor em economia, em artigo para a Folha de São Paulo. Essa dificuldade já é vivida hoje pelo Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Mas tudo indica que contagiará em breve outras unidades da federação.

Dados do Tesouro Nacional indicam uma piora nos indicadores fiscais de vários Estados. Por exemplo, na relação entre despesa corrente líquida (DCL) e receita corrente líquida (RCL), um indicador de vulnerabilidade fiscal.

No Amapá, o índice saiu de 0,17 em abril de 2014 para 0,30 em abril de 2015 (uma piora de 73% em doze meses). Outros Estados seguiram o mesmo caminho. No Ceará, esse indicador piorou em 69% no mesmo período. São Paulo teve piora de 7,5%, Minas Gerais, de 7%, e Rio de Janeiro, de 14%, mostrando uma deterioração na situação fiscal medida por esse indicador.
A situação é mais grave nos menores estados e municípios, pois dependem mais dos repasses do governo Dilma. Com a arrecadação em queda, deve faltar a farinha para o pirão de muito funcionário público. “Em dezembro, vários estados e municípios terão dificuldades para pagar o 13º salário a seus funcionários“, diz o economista. Parece que não, mas a crise ainda está apenas começando.

OImplicante com informações Folha