30 mil e 10 empregos

CPIs DA EXTORSÃO: Vereadores de Santa Rita na mira do "Gaeco" por exigir emprego e dinheiro do prefeito

As gravações teriam revelado que os vereadores não tinham nenhuma prova contra o prefeito e todas as articulações foram captadas pelo telefone. Com os recentes acontecimentos, uma operação da justiça poderia resultar na cassação de quase 90% da Câmara de Santa Rita.

Uma trama digna das séries mais populares da atualidade está se desenrolando na cidade de Santa Rita. Chantagem, provas falsas, grampos telefônicos, vinganças, nada falta no roteiro de extorsões.

Os fatos

A história começa com a proposição de 3 CPI,s que foram aprovadas as pressas na semana passada por 14 dos 19 vereadores do município de Santa Rita. As denúncias contra o prefeito Emerson Panta são referentes, sobretudo, às áreas de coleta seletiva, merenda escolar e iluminação pública. Quanta as provas destas denúncia nada de consistente.

Argumentos

Os argumentos para as CPS’s. “A limpeza urbana nossa é a mais cara da Paraíba. Além disso, existem clamores na cidade por falta de merenda nas escolas. A iluminação pública, o prefeito gastou em dois meses – fevereiro e março – o valor equivalente a todo o ano de 2017. Ou seja, como é que ele gasta em dois meses todo o volume de recursos de um ano inteiro?”, destacou o vereador Sebastião do Sindicato (PT).

A história oculta

Nesta quinta, porém, a sessão que discutiria a CPI acabou sendo adiada para a próxima terça-feira (3), após 11 dos 14 vereadores que tinham votado a favor dela voltarem atrás, assinando um documento pedindo justamente a anulação da CPI.

Mas as informações de bastidores contam uma história diferente. Os vereadores da oposição e alguns dos vereadores da situação, insatisfeitos, se uniram num ardil. A união foi possível pois a bancada do prefeito acusa Panta nomear servidores de Campina Grande e da grande João Pessoa apontados por Ruy Carneiro, com cargos de secretários e assessoria em nível mais elevados. Para os aliados e correligionários de Santa Rita foram só promessas e cargos no valor de um salário mínimo.

O descontentamento de ambas as partes foi orquestrado pelo presidente da Câmara, Gustavo Santos, que foi afastado e foi reintegrado por ordem judicial. Segundo os rumores, Gustavo responsabiliza Panta por seu afastamento. A articulação contra Panta seria, então,  uma “vingança”. As CPS,s seriam para ganhar ganhar cargos, dinheiro e vingança.

O preço

Algumas pessoas mais descrentes da honestidade acreditam que tudo tem preço, até a lealdade. E assim parece que é em Santa Rita. Pois os vereadores da oposição estipularam um preço para não levar adiante as denúncias contra o prefeito: R$30 mil e 10 cargos para cada um. A proposta teria sido apresentada por um vereador da oposição e outro da situação no gabinete de Panta.

O contra ataque

Emerson Panta teria, aparentemente, concordado com a situação de barganhar. Mas finda a reunião, ele ligou para o Ministério Público, para o Tribunal de Justiça e para o Gaeco, para denunciar o esquema de extorsão.

O prefeito parece que não teve dificuldade em colocar os vereadores na mira: o órgãos de justiça já teriam conhecimento da armação. Tudo indica que os vereadores já estariam “no radar” por outros motivos, tendo inclusive, seus telefones já grampeados.

As gravações teriam revelado que os vereadores não tinham nenhuma prova contra o prefeito e todas as articulações foram captadas pelo telefone. Com os recentes acontecimentos, uma operação da justiça poderia resultar na cassação de quase 90% da Câmara de Santa Rita.

A exceção

Ao que parece, Santa Rita tem só um nome para se orgulhar. Informações dão conta que o vereador Bastinho, da oposição, não está envolvido no esquema. O Polemica Paraíba tentou ouvir os vereados e nenhum quis falar sobre o assunto.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba