A novela continua

Com aval da executiva estadual, PSB de Bayeux rompe com prefeito interino Noquinha - LEIA A CARTA

O diretório municipal do Partido Socialista Brasileiro (PSB) anunciou, na noite desta terça-feira (13), o rompimento da sigla com a gestão do prefeito interino de Bayeux, Mauri Batista (PSL), mais conhecido como 'Noquinha'. O rompimento tem o apoio da direção estadual da sigla e acontece após uma série de atritos entre o prefeito e o vereador Jeferson Kita, que comanda o PSB na cidade. 

O diretório municipal do Partido Socialista Brasileiro (PSB) anunciou, na manhã desta quarta-feira (14), o rompimento da sigla com a gestão do prefeito interino de Bayeux, Mauri Batista (PSL), mais conhecido como ‘Noquinha’. O rompimento tem o apoio da direção estadual da sigla e acontece após uma série de atritos entre o prefeito e o vereador Jeferson Kita, que comanda o PSB na cidade.

O estopim para o rompimento entre os dois grupos teria sido a intenção do atual prefeito interino, que estaria disposto a anular a eleição da mesa diretora da Câmara Municipal da cidade para o segundo biênio, que elegeu o vereador Jeferson Kita como presidente da Casa. Se a eleição for mantida, é Jeferson Kita quem assume o comando da cidade a partir de 1º de janeiro, conforme determina a Lei Orgânica do município.

Na Câmara, a tendência é a formação de uma maioria em apoio ao prefeito interino, para que haja nova eleição da Mesa Diretora. O objetivo do grupo é eleger um vereador da base do atual prefeito para a Presidência da Câmara, evitar a aprovação das eleições diretas e ter Noquinha como candidato em uma eleição indireta, realizada pelos próprios parlamentares.

Na manhã desta terça-feira (13), o presidente da Câmara Municipal de Bayeux, Adriano do Táxi (PSL), decidiu adiar a análise de uma proposta de emenda à lei orgânica municipal, que abriria a possibilidade para a realização de eleição direta na cidade. O adiamento irritou ainda mais alguns vereadores, inclusive Jeferson Kita. Além desse fato, aliados do PSB já estavam sendo exonerados da Prefeitura.

Entenda

A cidade de Bayeux vive uma crise política desde a prisão do prefeito afastado Berg Lima (sem partido), acusado de Concussão, em julho do ano passado. Ele foi flagrado, em uma operação do Gaeco, supostamente solicitando propina de um fornecedor da Prefeitura de Bayeuxa fim de liberar pagamentos devidos à empresa fornecedora. O prefeito foi solto no final do ano passado, mas continua afastado das funções públicas por determinação judicial.

Quem assumiu a prefeitura interinamente foi o vice-prefeito Luiz Antônio (PSDB), que acabou sendo cassado pela Câmara Municipal da Cidade. Ele foi filmado, na véspera da prisão de Berg Lima, supostamente solicitando dinheiro também a um empresário, para supostamente tentar prejudicar o então prefeito. Após um processo legislativo, os vereadores decidiram cassar o mandato do vice. Também há um processo tramitando na Justiça sobre esse caso.

Após a cassação de Luiz Antônio, o presidente da Câmara Municipal, Mauri Batista, foi alçado ao cargo de prefeito interino. É ele quem governa a cidade até a data de hoje. No cargo, o Noquinha foi alvo de fiscalizações do Tribunal de Contas do Estado por supostamente cometer irregularidades na contratação de servidores. Ele também foi acusado de nepotismo após empregar a irmã na chefia de gabinete da Prefeitura da Cidade.

Se nenhuma decisão judicial ou legislativa mudar o rumo dos acontecimentos, a cidade terá um novo prefeito a partir do dia 01 de janeiro. Jeferson Kita poderá ser a quarta pessoa a ocupar o cargo desde a posse de Berg Lima, em janeiro de 2016. Os moradores da cidade vivem na expectativa de que a Câmara ou a Justiça determinem a realização de novas eleições na cidade. A crise política tem prejudicado serviços essenciais da administração municipal. A coleta de lixo e o funcionamento de unidades de saúde são alguns dos serviços mais afetados.

Leia abaixo a carta de rompimento.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba