Bolsa cai com vantagem de Dilma Rousseff

Candidata petista teve 50,5% da intenção de votos contra 49,5% do tucano

ações da bolsa de valores

A Bolsa brasileira fechou em baixa ontem após pesquisa eleitoral mostrar ligeira vantagem da candidata Dilma Rousseff (PT) sobre o tucano Aécio Neves (PSDB). O cenário ruim no exterior também contribuiu para a queda do mercado acionário local. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caiu 2,55%, a 54.302 pontos. Das 70 ações negociadas, 60 caíram, nove subiram e uma se manteve inalterada no pregão. O volume financeiro foi de R$ 10,76 bilhões.

O principal fator de influência sobre a Bolsa foi a pesquisa eleitoral CNT/MDA, que mostrou empate técnico da candidata petista em relação ao tucano. Na intenção de voto estimulada (quando os entrevistados são apresentados aos nomes dos candidatos), Dilma tem 45,5% contra 44,5% de Aécio. Brancos e nulos são 5,7% e não sabem ou não responderam são 4,3%.

Considerando apenas os votos válidos – ou seja, excluindo os nulos, brancos e indecisos -, a petista teve 50,5% da intenção de votos contra 49,5% do tucano.

“O mercado está pautado pela indefinição. Sem a perspectiva de um vencedor claro, o investidor fica receoso em assumir uma posição na Bolsa, o que leva a uma aversão ao risco maior, como a que estamos vendo”, afirma Sandra Peres, analista-chefe da Coinvalores.

O dia foi também de vencimento de opções sobre ações, que movimentou R$ 3,62 bilhões. Desse total, R$ 1,28 bilhão foram de opções de compra e R$ 3,34 bilhões, em opções de venda.

Europa teve queda generalizada

O dia foi marcado por cenário misto no exterior. Na Europa, as Bolsas fecharam em queda, reduzindo os ganhos da sessão anterior, com o alerta sobre o lucro da SAP golpeando papéis do setor tecnológico.

Em Londres, o índice FTSE-100 caiu 0,68%, a 6.267 pontos. Em Paris, o CAC-40 teve baixa de 1,04%, a 3.991 pontos, e em Frankfurt o índice DAX fechou com desvalorização de 1,50%, a 8.717 pontos.

Em Milão, o FTSE MIB encerrou o dia com queda de 0,86%, a 18.540 pontos. O Ibex-35, de Madri, caiu 0,42%, a 9.915 pontos. E a Bolsa portuguesa fechou com queda de 0,17%, a 5.037 pontos.

“Com a falta de sinalização por parte do presidente do BCE (Banco Central Europeu) ou de Angela Merkel, o mercado amarga a triste realidade de ter que conviver com uma economia em desaceleração”, afirma.

Nos Estados Unidos, as Bolsas operavam com sinais opostos. Às 17h31, o Dow Jones, principal índice do mercado acionário americano, caía 0,05%, a 16.370 pontos. O S&P 500 subia 0,86%, a 1.902 pontos, e o índice da Bolsa de tecnologia Nasdaq tinha alta de 1,12%, a 4.306 pontos, no horário.

Câmbio

No mercado cambial, o dólar subiu em relação ao real. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve alta de 0,68%, a R$ 2,460. O dólar comercial, usado no comércio exterior, avançou 1,35%, a R$ 2,464.

Ontem pela manhã, o Banco Central deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, oferecendo 4.000 contratos de swap (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) com vencimentos em 1º de junho e 1º de setembro de 2015. Foram vendidos 2.700 contratos para 1º de junho e 1.300 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,5 milhões.

Correio da Paraíba