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 10% da população concentrava 43,3% da renda do país em 2017, diz IBGE

IBGE diz que os brasileiros que fazem parte da parcela de 1% com os maiores rendimentos recebiam, em média, R$ 27.213 por mês no ano passado

Em 2017, a parcela dos 10% da população com a renda mais alta detinha 43,3% da renda total do país, mostra pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta quarta-feira (11). Na outra ponta, os 10% com menor renda detinham apenas 0,7% da soma total.

A pesquisa sobre concentração de renda no Brasil considera todas as fontes de rendimento da população, como salário, aposentadoria, pensão e programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

Analisando mais de perto o topo, o IBGE diz que os brasileiros que fazem parte da parcela de 1% com os maiores rendimentos recebiam, em média, R$ 27.213 por mês no ano passado. O valor equivale a 36,1 vezes o recebido pela metade mais pobre da população, que ganhava R$ 754 por mês. A desigualdade é maior na região Nordeste e menor no Sul.

Segundo o IBGE, se todas as pessoas que têm algum tipo de rendimento no Brasil recebessem a mesma quantia mensal, o valor seria R$ 2.112.

Renda média caiu em 2017

Considerando toda a população, o rendimento médio per capita  diminuiu em 2017, apesar de o ano ter registrado crescimento de 1% no PIB (Produto Interno Bruto), após dois anos seguidos de recessão.

A renda média mensal real per capita foi de R$ 1.271, queda de 1,09% ou de R$ 12 em relação aos R$ 1.285 de 2016. Ou seja, cada brasileiro que tinha algum rendimento no ano passado recebeu, por mês, R$ 1.271, em média.

Desigualdade só não piorou no Sudeste

O Índice de Gini –indicador mede a desigualdade de renda– referente ao rendimento médio real domiciliar per capita manteve-se em 0,549 de 2016 para 2017. Numa escala de 0 a 1, quanto maior o indicador, pior é a distribuição dos rendimentos.

A estabilidade em relação ao ano anterior ocorreu por conta de uma queda na região Sudeste, onde o índice passou de 0,535 para 0,529. No entanto, em todas as demais regiões houve piora.

No Nordeste, o Gini subiu de 0,555 em 2016 para 0,567 em 2017; no Norte, passou de 0,539 para 0,544; no Sul, de 0,473 para 0,477; e no Centro-Oeste, de 0,523 para 0,536.

Fonte: UOL
Créditos: UOL