fraude de R$ 3 milhões

Operação Belerofonte: Polícia Civil desarticula esquema de exploração de pessoas com deficiência, na Paraíba

A Operação Belerofonte foi desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB)

Estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão desde o início da manhã desta quarta-feira (19), em João Pessoa, durante uma operação que busca desarticular um esquema de exploração de pessoas com necessidades especiais por parte de associações, assim como fraudes nos processos de pagamento de órgãos públicos.

A Operação Belerofonte foi desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), em atuação conjunta com a Delegacia especializada no combate ao crime organizado (Deccor).

Os mandados estão sendo cumpridos na Associação de Deficientes e Familiares (Asdef), entidade de caráter associativo e sem fins lucrativos, e nas residências da tesoureira e do presidente, investigados na operação. O portal G1 tentou entrar em contato com o presidente da associação, mas as ligações não foram atendidas.

A investigação começou após um relatório da gerência de controle interno do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), que identificou a incompatibilidade da documentação exigida de regularidade fiscal e trabalhista intrínsecas ao contratado durante a execução do contrato.

Como funcionava o esquema

De acordo com o delegado da Deccor, Allan Murilo Terruel, a pessoa com deficiência ia até a Asdef, que estabelecia um contrato de trabalho com essas pessoas e os encaminhava para as instituições de trablho. Os valores eram repassados diretamente para a Asedf, que era obrigada a repassar para as pessoas com deficiência. No entanto, segundo o delagado, isso não estava acontecendo.

A investigação ainda identificou que além de burlar os processos de pagamento em vários órgãos públicos, os investigados se apropriavam dos valores das pessoas com necessidades especiais, e as ameaçava, caso fossem denunciados. O prejuízo aos órgãos públicos e às pessoas com necessidades especiais ultrapassam os R$ 3 milhões.

Fonte: G1PB
Créditos: G1PB