Júri popular

Acusado de matar mulher que reagiu à cantada vai a júri popular

Os desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) negaram, nesta quarta-feira, o recurso da defesa e determinaram que Leonardo Bretas Vieira Mendes, acusado pela morte da diarista Michelle Ferreira Ventura, de 30 anos, no dia 22 de julho de 2016, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, vá a júri popular

Os desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) negaram, nesta quarta-feira, o recurso da defesa e determinaram que Leonardo Bretas Vieira Mendes, acusado pela morte da diarista Michelle Ferreira Ventura, de 30 anos, no dia 22 de julho de 2016, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, vá a júri popular.

De acordo com autos do processo, a mulher foi espancada após reagir às cantadas diárias que recebia de Bretas, seu vizinho. Michelle ficou internada durante quatro meses em estado grave em um hospital de Niterói, após ter sido espancada a pauladas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu em julho do ano passado.

A defesa recorreu contra a decisão da 3ª Vara Criminal de Niterói, solicitando a exclusão do crime de feminicídio (quando a violência se dá pelo fato da vítima ser do sexo feminino). No entanto, os desembargadores confirmaram a decisão da primeira instância.

No contexto dos autos, encontram-se indicativos da prática de crime em decorrência de uma discussão ocorrida entre o recorrente e a vítima – sua vizinha – perpetradas em razão de menosprezo ao gênero após a mesma repelir as investidas amorosas do homem – escreveu o desembargador Roberto Távora, relator do acórdão.

Lembre o crime
A diarista estava internada em estado grave desde o dia 14 de março de 2016, quando deu entrada no hospital depois de, segundo testemunhas, ter sido golpeada na cabeça. Leonardo foi preso no início de abril por policiais da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói.

Na época, testemunhas contaram à polícia que Michelle tirou satisfação com o suspeito por não suportar os assédios diários. Nos últimos dois meses, ela já não se comunicava, mas respondia a alguns estímulos.

Fonte: Portal Extra