Repercussão

Previdência: segundo Meirelles, não há cálculos que medem impacto de concessões na reforma

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira que ainda não foram feitos os cálculos dos impactos fiscais das novas concessões do relator da reforma da previdência na Câmara, o deputado Arthur Maia, que atendem os interesses de agentes penitenciários e mulheres policiais. Segundo ele, assim que prontos, os números serão divulgados. Até ontem, os efeitos das mudanças que já tinham ocorrido indicavam que o texto na Câmara diminuiu em 24% a economia que o governo pretendia fazer a partir da proposta original da reforma.

 

— O que fazia com que a reforma tenha efeito fiscal de 76% daquilo originalmente proposto, que está dentro do patamar que nós já prevíamos. Vivemos numa democracia e é normal que haja uma negociação com o Congresso. Então acredito que está indo muito bem. Em qualquer país do mundo, a previdência é um assunto que demanda grande debate. O importante é que o benefício fiscal seja substancial para que o país volte de fato a crescer e volte a criar emprego.

Para rebater números apresentados por diversas categorias e parlamentares segundo os quais não há déficit na previdência, Meirelles disse que o governo pediu duas auditorias independentes a organismos internacionais. A do Banco Mundial está pronta e, segundo os ministro, corrobora os dados do governo apontando que há sim déficit. A segunda auditoria, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ainda não foi concluída. A expectativa do ministro é que a proposta da reforma seja votada no plenário da Câmara em maio.

— O Banco Mundial já fez, já concluiu. Corrobora os dados do governo. E solicitamos outra auditoria independente da OCDE, que é um órgão que congrega os países de maior nível de desenvolvimento do mundo.

Ele participou nesta quarta-feira do 9º Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia, promovido pela Revista e Portal Imprensa, com apoio do Grupo Globo, da Souza Cruz, e da seção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no DF.

 

Fonte: O Globo