PF prende prefeitos de Sapé, Solânea e Alhandra

A operação Pão e Circo da Polícia Federal e do Ministério Público desencadeada na manhã de hoje (28) resultou até o momento na prisão de dez funcionários públicos, incluindo três secretários municipais e os prefeitos das cidades de Sapé, Solânea e Alhandra. De acordo com o Ministério Público, a esposa do prefeito da cidade de Solânea também foi presa e as esposas dos outros dois foram levadas para prestar depoimentos.

A Prefeitura de Solânea, informou que a ação da polícia começou ainda na madrugada na cidade. De acordo com as informações, os policiais federais realizaram buscas na casa do prefeito, da secretária de finanças do município e em prédios da administração municipal acompanhados do tesoureiro municipal. O prefeito foi preso junto com a esposa, e um filho dele também foi levado.

Secretários municipais de Sapé, Santa Rita, Solânea e servidores públicos do Instituto de Previdência e Assistência Social de João Pessoa (Ipam) também fortam detidos, além de outros servidores públicos, como funcionários da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope).

A operação também apreendeu uma arma, veículos, R$ 56 mil em dinheiro, computadores e até uma lancha.

De acordo com a PF, os presos teriam fraudado licitações e processos através de empresas fantasmas e documentos falsos para realizar eventos festivos, shows pirotécnicos e montagem de estruturas para festas como São João, São Pedro, Carnaval e Reveillon.

Duas investigações foram realizadas paralelamente. O Ministério Público Estadual da Paraíba apurou o desvio de recursos públicos municipais e estaduais e a Polícia Federal investigou o desvio de recursos públicos federais destinados aos municípios contemplados com as verbas repassadas.

As investigações começaram há mais de um ano e apuram irregularidades de festas realizadas desde 2008. Cerca de 360 pessoas entre policiais federais, militares, auditores da CGU e promotores participam da operação.

Ainda estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nas sedes das prefeituras de Alhandra, Boa Ventura, Cabedelo, Capim, Conde, Cuité de Mamanguape, Itapororoca, Jacaraú, Mamanguape, Mulungu, Sapé, Santa Rita e Solânea.

Funcionários da Funjope e algumas empresas que atuam no ramo de eventos festivos, situadas nos municípios de Alhandra, Bayeux, Conde, João Pessoa, Mari, Pirpirituba, Rio Tinto e Santa Rita e as residências dos sócios também estão sendo vistoriadas pela ação.

Os investigados devem responder de acordo com a participação de cada um no esquema. Os crimes mais comuns flagrados na operação são fraude a licitações,
corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, formação de quadrilha, falsidade ideológica e documental, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro.

Um suspeito também pode ser indiciado por posse ilegal de arma. Juntando todos os crimes, a pena máxima possível chega a 48 anos de prisão.

Confira o áudio:

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Do Blog com G1 Paraíba